Um brasileiro tem feito sucesso com um restaurante inspirado na Amazônia, mas instalado do outro lado do oceano, em Portugal.
A casa fica dentro de um bosque na vila de Cascais, em Lisboa. O Palaphita aproveita a fauna do local como parte da arquitetura. O restaurante é todo sustentável, usa materiais regeneráveis e serve pratos inspirados na cozinha amazônica, com um toque de ingredientes portugueses.
“Quando eu abri o primeiro Palaphita há 20 anos, eu falava de sustentabilidade. Hoje penso na regeneração”, disse Mário de Andrade, dono do empreendimento.
Do Rio para Portugal
Mario nasceu em Manaus, mas mudou-se para o Rio de Janeiro na adolescência.
Nunca deixando suas raízes de lado, em 2014 ele abriu o Palaphita Kitch, na Lagoa.
A pegada já era pensar no meio ambiente. A casa funcionou por 16 anos no Brasil, até que fechou as portas na pandemia.
Decidido a continuar empreendendo, Mário de Andrade cruzou o Oceano Atlântico e levou a ideia do eco lounge para Cascais.
Aconchego sustentável
O destaque da casa vai além dos pratos servidos. Mario usa fibras renováveis, materiais descartáveis biodegradáveis e compostáveis, além de materiais de limpeza biodegradáveis e menor impacto ambiental.
“Penso que se acontecesse algo e a gente abandonasse o espaço, a natureza tomaria conta, sem prejudicar o meio ambiente. Porque só utilizamos materiais regeneráveis. E também fazemos muito reaproveitamento do que vem da natureza”, explicou.
Preocupação com a natureza
O eco lounge é todo a céu aberto e tem ainda um anfiteatro, onde os clientes assistem a apresentações e o pôr do sol.
Para os dias de vento e chuva, a casa tem domes transparentes.
Os mobiliários e decorações são à base de materiais naturais, com reflorestamento ou reuso abundantes na região.
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Cozinha amazônica
Além disso, o Palaphita conta com sua própria horta!
O restaurante promove duas cerimônias de plantios por ano. A iniciativa também envolve os clientes.
Em setembro, tem plantação de cenouras, beterraba, cebola branca, brócolis, repolho coração de boi, repolho lombardo, couve, alface, aipo, salsa, cebolinha, pimentas e ervas aromáticas.
O menu é todo criado pela chef Natacha Fink e mistura ingredientes brasileiros e portugueses.
“Nossa ideia não é ter uma cozinha tradicional, é ter uma inspiração. A origem do nosso pensamento gastronômico é na Amazônia, mas a gente pode usar uma receita de lá com ingredientes português”, explicou.
Na falta de peixes como pirarucu e tambaqui, eles suam outras opções.
“Não temos pirarucu e nem tambaqui, mas temos choco, bacalhau, dourado, uma série de peixes incríveis”, concluiu.
Com informações de Um Só Planeta.
Fonte: sonoticiaboa