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A Nigéria vai às urnas

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Os eleitores da Nigéria, o país mais populoso e a maior economia da África, vão às urnas no primeiro turno das eleições presidenciais neste sábado, 25. O voto no país não é obrigatório. A população ainda terá de eleger 109 senadores e 360 deputados federais. As eleições para os governos dos Estados acontecem em março.

Ao todo, 18 candidatos disputam o posto do atual mandatário do país, Muhammadu Buhari, que está concluindo seu segundo mandato — o máximo permitido pela lei.

A Nigéria, que é um dos maiores produtores de petróleo do continente, passa por uma crise econômica. Atualmente, o governo está trocando a moeda do país e muitos cidadãos não conseguem sacar dinheiro. Parte dos nigerianos jovens está deixando o país em busca de uma vida melhor em outro local.

A Nigéria possui uma população com mais de 210 milhões de integrantes, mas somente 93 milhões são eleitores registrados. Cerca de 40% dos cidadãos têm menos de 35.

Dos 18 postulantes, apenas três são considerados pela mídia local como os principais: Bola Tinubo, 70, ex-governador do Estado de Lagos e aliado do atual presidente; Atiku Abubakar, 76, ex-vice-presidente e um dos homens mais ricos do país; e Peter Obi, 61, ex-governador do Estado de Anambra.

Novo sistema eleitoral

Esta é a primeira vez que o país vai usar o Sistema Bimodal de Credenciamento Eleitoral (BVAS), uma tecnologia facial que, em tese, serve para melhorar a transparência dos votos. O resultado da eleição deve ser anunciado daqui há três dias, mas, desta vez, poderá sair antes devido ao BVAS.

Caso aconteça um segundo turno neste pleito, será o primeiro da história da Nigéria. O segundo turno aconteceria em 21 dias.

Baixa participação

Ao logo dos anos, o histórico de participação eleitoral no país é baixo. Em 2019, por exemplo, apenas 34% dos eleitores votaram. Mas, desta vez, as enormes filas nos pontos de registro da Justiça eleitoral podem significar uma mudança significativa.

A participação dos jovens poderá ser impulsionada pela decisão do governo de fechar todas as universidades do país duas semanas antes das eleições. A determinação entrou em vigor somente a partir da quarta-feira 22. Segundo a Comissão Nacional de Universidades da Nigéria, a ação serve para incentivar a participação dos estudantes nas eleições, pois eles estarão em casa para votar.

Fonte: revistaoeste

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