Na última edição do São Paulo Fashion Week, a Santa Resistência, sob a direção criativa de Mônica Sampaio, lançou “Manifesto Ancestral”, uma coleção profundamente enraizada na ancestralidade africana e no afrofuturismo. Inspirada pelas tribos Maasai do Quênia e da Tanzânia, a coleção explora uma jornada de autodescoberta e pertencimento, com peças que misturam elegância e tradição, ao mesmo tempo que celebram a modernidade e o futuro.
Mônica Sampaio, fundadora da Santa Resistência, reconecta-se com suas raízes africanas após realizar um teste de DNA que revelou sua linhagem Maasai. Embora nunca tenha pisado em solo africano, a estilista sempre sentiu a presença viva de sua ancestralidade. Essa busca pessoal resultou na criação de uma coleção que une o poder da tribo Maasai à estética contemporânea, com uma alfaiataria impecável e peças fluidas que exalam força e majestade.
Como foi o desfile da Santa Resistência no SPFW N58?
“Manifesto Ancestral” transporta a riqueza cultural dos Maasai para o universo da moda. As cores vibrantes, como o vermelho, o roxo, o azul-mar e o verde-água, por exemplo, dialogam com estampas desenvolvidas em parceria com a artista plástica Auxi Silveira, refletindo a conexão entre a tradição e o afrofuturismo. O manto Maasai, criado pelo artista visual Alex Rocca, é um dos destaques da coleção, representando a simbologia e a força desse povo.
Fotos: Ze Takahashi e Marcelo Soubhia @agfotosite
A coleção propõe uma reflexão sobre a moda como resistência, identidade e memória. De acordo com Mônica, “a ancestralidade não se limita a fronteiras geográficas, mas pulsa dentro de cada um”. Ao trazer as influências Maasai para a passarela, a Santa Resistência convida o público a repensar suas origens e celebrar suas raízes.
Sustentabilidade e inovação
Além de sua forte mensagem cultural, a Santa Resistência reafirma seu compromisso com a moda consciente. Todas as peças são confeccionadas com tecidos sustentáveis, como 100% algodão, seda de algodão, linho, crepe e tafetá, em parceria com empresas que valorizam práticas responsáveis, como Eco Simple e Lunelli Textil. Inovando mais uma vez, a coleção também traz couro de tilápia, uma alternativa sustentável com rastreabilidade através de QR Code.
Fotos: Ze Takahashi, Marcelo Soubhia e Gabriel Cappelletti @agfotosite
Sobre a Santa Resistência
A marca, que já impacta diretamente cerca de oito famílias e indiretamente até 90 pessoas, trabalha com coletivos de costureiras de regiões como a Maré e mães solo. Dessa forma, mostra que é possível alcançar sucesso na moda com inclusão e sustentabilidade. Então, com “Manifesto Ancestral”, a Santa Resistência transforma a passarela em um palco de celebração da ancestralidade africana e do poder transformador da moda.
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Ficha técnica
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Fonte: fashionbubbles
