Na tarde desta desta quinta-feira (11), Pepita marcou presença em mais uma edição da SPFW.
Desta vez, a cantora desfilou como convidada da grife AZ Marias que teve sua passarela ambientada pelo Teatro Oficina, no centro da capital paulista.
À CNN, a cantora destacou a importância de sua participação na temporada de moda brasileira como forma de aumentar o acesso de travestis e pessoas trans a tais espaços.
“Pisar nessa passarela mais uma vez é uma honra. Eu sou a diversidade. Eu acho que a moda é a diversidade também. É muito importante ver corpos iguais ao meu ou de outras pessoas pisando neste lugar”, afirma.
“A moda precisa ser para todos. Para mim, a moda não tem gênero, a moda não tem como usar e de que forma usar, é só você se sentir bem e confortável”, acrescenta.
Pepita ainda relembra o quanto a produção no país merece mais reconhecimento.
“A mão de obra brasileira precisa de mais respeito, mais visibilidade, mais oportunidade. Eu amo saber que estou usando uma blusa, um vestido, um acessório feito por pessoas iguais a mim”, afirma.
“São pessoas que acreditam em sonhos, que querem conquistar esses sonhos, que viajam nesses pensamentos, tornando tudo muito real e leve. Eu consumo marcas brasileiras e acho muito fácil bater palma para o que é produzido em outro país, mas é difícil entender, compreender e respeitar o que é feito pelo nosso povo”, reflete.
A etiqueta, que tem Cintia Felix como diretora criativa, apresentou a coleção “Florescer – Ato IV: Ar”, celebrando corpos reais, sustentabilidade e a influência de religiões de matriz africana. Temas considerados cruciais no cenário da moda.
Inspirada pelo conto das borboletas de Oyá, a senhora dos ventos, e pelas relações maternas, a apresentação contou com mais de 25 looks, que representavam a brisa, a nuvem e a fumaça.
Entre as peças, estava a produção monocromática em jeans de Pepita.
“Eu acho que foi muito pensado para mim. Me define como mãe, como filha, como esposa, como mulher. É bem despojado e confortável. Combina bem com essa fase que eu estou vivendo: de correr atrás de uma criança de 2 anos e quatro meses”, brinca.
Maternidade pede por conforto
Mãe de Lucca Antonio, fruto do casamento com Kayque Nogueira, Pepita garante que, durante a rotina diária, preza pelo conforto, sem abrir mão do estilo.
“O meu dia a dia é meio louco. Você imagina, né? É sempre aquele vestido largão ou então uma calça jeans, um chinelão e uma blusa regata. Mas eu gosto de acrescentar um acessório ou um boné. O meu dia é confortável, gostoso e de forma que eu me sinta bem”, finaliza.
Fonte: cnnbrasil