A disquesia do lactente é um problema intestinal que pode causar dificuldades para o bebê evacuar. Ele pode ficar vermelho, fazer muita força, gemer e até chorar devido ao incômodo, como indica a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Ela pode resultar em muito tempo tentando fazer cocô e, até mesmo, fazer com que o pequeno sinta vontade e não consiga fazer as suas necessidades.
Fique tranquila, mamãe, essa condição não é considerada uma doença. Entretanto, ela pode afetar a saúde e o bem-estar do bebê de forma significativa. Não à toa, existem algumas causas que estão diretamente relacionadas a esse quadro.
Hoje, vamos entender a disquesia do lactente, as razões por que isso acontece nos recém-nascidos, os principais sintomas e como ajudar o bebê a se livrar do incômodo. Boa leitura!
Atenção: antes de começarmos precisamos dizer que todas as informações foram baseadas no artigo que citamos acima e possuem apenas caráter informativo. OK? Este conteúdo não despensa uma visita ao pediatra!
Conteúdo
O que causa a disquesia em bebês?
A principal causa da disquesia em bebês é a dificuldade no desenvolvimento neuromuscular nos primeiros meses de vida. Resumidamente, o que acontece é que o bebê ainda não consegue coordenar a vontade de evacuar com o relaxamento muscular necessário.
Dessa forma, o sistema digestivo do neném acaba sendo impactado pela incapacidade de defecar quando há necessidade. Por isso, é muito importante ficar de olho nos sinais que o seu pequeno apresenta nesses momentos: isso será fundamental para identificar se ele está com alguma disfunção.
Os principais sintomas da disquesia do lactente
Choro constante e gemidos de incômodo são os sinais mais comuns apresentados pelos bebês com disquesia do lactente. Outro sintoma muito comum é a vermelhidão na face pelo esforço e pela demora exagerada para conseguir fazer cocô.
Com o tempo, você entenderá cada vez melhor os sinais que os bebês usam enquanto não sabem falar, aprendendo a diferenciar os incômodos da manha e de outras situações comuns do seu dia a dia.
Um cuidado importante é prestar atenção nos sinais para não confundir a “espremedeira” com as cólicas. A diferença principal está no alívio que o bebê sente quando consegue evacuar no caso da disquesia, enquanto a cólica permanece incomodando mesmo após as necessidades.
O que fazer para aliviar a disquesia do lactante?
A melhor solução para a disquesia do lactante é o bebê aprender a liberar o sistema digestivo sem sentir dor. Porém, isso acontece apenas com o tempo (que deve ser seguido conforme o desenvolvimento do seu(a) filho(a). Agora, há algumas dicas que podem aliviar o problema. São elas:
- Tenha paciência e acolha o bebê com bastante carinho;
- Faça massagens delicadas na região da barriga;
- Dobre as pernas do bebê e as pressione levemente contra a barriga;
- Estimule o movimento das pernas do bebê para promover o relaxamento muscular;
- Posicione o bebê na posição agachada.
Além disso, evitar dar remédios desnecessários, manter uma dieta exclusiva pelo aleitamento natural e, quando necessário, fazer exames são maneiras de prevenir o problema da disquesia, como cita o artigo publicado no Jornal de Pediatria sobre os sinais e sintomas associados ao desenvolvimento digestivo dos bebês.
Quando passa a disquesia?
O tempo para a disquesia desaparecer varia de acordo com cada criança. O desenvolvimento neuromuscular é fundamental para que o bebê seja capaz de evacuar com facilidade e sem dor.
Até ele estar com o organismo desenvolvido o suficiente para isso, você pode ajudá-lo com as dicas que demos acima para aliviar o incômodo e facilitar alguns processos, como dormir nos melhores horários à noite.
Ah, e apenas lembrando: é sempre importante ter muita atenção a todos os sinais que o bebê dá, e em caso de dúvidas, sempre consulte o médico pediatra responsável pelo seu filho.
Tem remédio para disquesia?
Não existe um medicamento específico para o tratamento da disquesia, mas você pode adotar algumas ações simples para aliviar os incômodos causados pelo problema. Massagens na região da barriga e a movimentação das pernas podem ser um recurso útil para superar essa fase complicada para o bebê.
Como diferenciar a disquesia da constipação intestinal?
Os bebês também podem desenvolver a constipação intestinal e cólicas devido ao tipo de alimentos ingeridos, tornando as fezes mais duras e difíceis de eliminar. Para esses casos, existem medicamentos e outras técnicas — como o Tummy Time— , que ajudam a resolver o problema do bebê.
No caso da disquesia do lactente, não é recomendada a utilização de medicamentos, pois isso pode fazer com que o bebê se acostume com o processo e não aprenda a fazer o cocô sozinho.
Lembre-se de que a disquesia do lactente é uma etapa que faz parte do processo de desenvolvimento do organismo dos bebês e deve passar com o tempo. As dores quase sempre estarão presentes, mas não se esqueça de aproveitar as nossas dicas para aliviá-las.
Não faça nenhum tipo de tratamento sem a orientação médica adequada, pois somente um profissional especializado poderá dizer com exatidão quais os melhores procedimentos e técnicas para aliviar os sintomas da disquesia no seu bebê.
Orientações para manter a saúde e o bem-estar do bebê
Além de todos os aspectos que salientamos em relação à disquesia do lactente, também é importante lembrar de algumas orientações que colaboram muito para a saúde dos bebês:
- Nos primeiros meses de vida, alimente o bebê exclusivamente pelo aleitamento materno;
- A disquesia não é uma doença e não deve ser confundida com a constipação, portanto não se deve recorrer a medicamentos que facilitam a evacuação;
- Evite o uso de estimulantes para evacuação, pois eles podem gerar problemas futuros no funcionamento do organismo do bebê.
Fique atenta aos sinais do seu bebê e continue acompanhando o Blog, temos conteúdos relevantes e com informações confiáveis para te ajudar na jornada da maternidade.
Aproveite a visita e leia nosso post com dicas do que fazer quando o bebê tem sono e não dorme, outra situação muito comum nos primeiros meses de vida, que pode ser resolvida com atitudes simples. Boa leitura!
Fonte: blog brandili