O autismo, chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição que pode ser definida pelo desenvolvimento atípico de interações sociais, comportamentais e de linguagem. Essa condição pode dar os seus primeiros indícios na infância e acomete, na sua maioria, meninos.
Nesses casos, a criação neurocompatível é essencial para o desenvolvimento da criança, pois leva em consideração as necessidades específicas de cada indivíduo.
No Brasil, existe uma estimativa de que 1 em cada 44 crianças apresentem TEA aos 8 anos. Por isso, é essencial que todos os papais e as mamães tenham consciência e se informem sobre o assunto. Hoje, a Brandili vai abordar as principais dúvidas sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Continue rolando a tela e confira!
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O que é o autismo (TEA)?
O Transtorno do Espectro Autista, ou autismo, como também é conhecido, se trata de um distúrbio do neurodesenvolvimento que pode afetar principalmente a comunicação e a interação social do indivíduo. Além disso, essa é uma condição crônica, ou seja, pode ser tratada, mas nunca curada, justamente por ser uma deficiência neurológica.
No passado, essa condição era associada a outras deficiências neurológicas, como a esquizofrenia. Muitos acreditavam que ela também poderia estar ligada a traumas ou a má criação por parte dos responsáveis. No entanto, essa crença limitante já foi desmentida há muito tempo.
Uma pessoa com TEA possui diagnóstico único, em que cada criança ou adulto possui níveis diferentes de dependência e/ou necessidade de suporte. Outro detalhe importante é que: cada pessoa possui dificuldades diferentes, enquanto uns conseguem ter rotinas funcionais (estudar, trabalhar e se relacionar), outros precisam de auxílio durante toda a vida.
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Quais são os principais sintomas do autismo?
De maneira geral, os sintomas do autismo estão ligados à dificuldade de comunicação e socialização, mas também podem estar relacionados a comportamentos incomuns, como fixação em objetos rodando, movimentos repetitivos, entre outros. Confira os principais a seguir:
- Alta sensibilidade a sons, cheiros, luzes ou contatos;
- Dificuldade em interações sociais;
- Comportamentos repetitivos e rígidos;
- Interesse por objetos específicos;
- Resistência a mudanças;
- Apego excessivo às rotinas;
- Dificuldade de manter o contato visual.
Os principais sintomas do autismo nem sempre são percebidos facilmente pelos pais na infância. Existem casos em que pessoas só descobrem o espectro na vida adulta, outros sequer desconfiam e vivem sua vida normalmente. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais cedo são introduzidas novas práticas e rotinas terapêuticas, como o estímulo à fala do bebê.
Quais são os níveis do autismo?
Como já mencionamos no decorrer do texto, o Transtorno do Espectro Autista é dividido em níveis conforme a necessidade de ajuda e de independência de cada criança. Confira:
- Nível de suporte 1: necessidade de auxílio baixa. Geralmente, pessoas com esse nível de suporte conseguem ter uma vida comum sem grandes dificuldades para estudar;
- Nível de suporte 2: menor nível de independência, pode precisar de ajuda para funções básicas do cotidiano, como amarrar um tênis, tomar banho ou se alimentar;
- Nível de suporte 3: é o nível com dificuldades mais graves. Aqui, a criança costuma precisar de ajuda especializada ao longo da vida.
É importante lembrar que essas nomenclaturas ajudam a entender a necessidade de suporte de cada criança. Cada pessoa é única e pode apresentar dificuldades e sintomas diferentes em ocasiões distintas. Ok?
Como é feito o diagnóstico de autismo (TEA)?
O diagnóstico do espectro autista é exclusivamente clínico e deve ser feito por um médico. O profissional leva em consideração observações do comportamento da criança e informações repassadas pelos pais. Alguns exames estão começando a ser adotados para complementar o diagnóstico médico, como a eletroencefalografia (EEG).
Esse exame consiste em um método de monitoramento eletrofisiológico utilizado para registrar a atividade elétrica do cérebro. Nele, são analisadas as atividades de bilhões de neurônios por meio de eletrodos colocados no couro cabeludo.
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Como é feito o tratamento do autismo?
O tratamento pode ser composto por abordagens de comportamento e comunicação, análises aplicadas do comportamento, terapias ocupacionais, treinamento de habilidades sociais, fonoaudiologia, tratamentos alimentares e até medicamentos — em casos em que a criança apresenta hiperatividade, dificuldade para dormir, agressividade, entre outros comportamentos.
Embora não exista nenhum tipo de medicamento específico para o tratamento de TEA, o acompanhamento médico multidisciplinar, composto por pediatras, psicólogos, neurologistas e fonoaudiólogos, é a maneira mais indicada para o desenvolvimento da criança autista.
A aplicação de atividades sensoriais, jogos de memória e caça-palavras também é uma opção lúdica e muito divertida para os pequenos, podendo ser utilizada em várias faixas etárias e níveis de suporte.
Esperamos que as informações sobre o TEA tenham sido úteis para o seu aprendizado e conhecimento do assunto. Continue navegando no blog da Brandili e conheça outros conteúdos interessantes que podem ser do seu interesse.
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Até a próxima!
Referências
- BRUZACA, C. G. Transtorno do espectro autista (TEA): porque é mais frequente em meninos que meninas? Disponível em: https://bruzaca.com/doencas-raras/transtorno-do-espectro-autista-tea-porque-e-mais-frequente-em-meninos-que-meninas/. Acesso em: 10 maio. 2024.
- MARTINS, F. TEA: saiba o que é o Transtorno do Espectro Autista e como o SUS tem dado assistência a pacientes e familiares. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2022/abril/tea-saiba-o-que-e-o-transtorno-do-espectro-autista-e-como-o-sus-tem-dado-assistencia-a-pacientes-e-familiares. Acesso em: 10 maio. 2024.
- GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO SECRETARIA DE ESTADO DA SAUDE -SESA. [s.l: s.n.]. Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Profissionais%20de%20Sa%C3%BAde%20e%20Gestores/NOTA_T%C3%89CNICA_N%C2%BA21_2022_NEAE_NEAPRI_GEPORAS_TRATAMENTO_TEA_SUS_APS_RAPS_RCPD%20(1).pdf. Acesso em: 10 maio. 2024.
Fonte: blog brandili