Companhia para todas as idades, em todas as horas. Estamos falando do rádio, que tem seus 101 anos de história reconhecidos nesta terça-feira (13) e, mesmo com a chegada de tantas tecnologias, continua sendo ouvido no carro, em casa, na rua, no trabalho daqueles que além de informação, querem a trilha sonora que acompanha a rotina!
O programador Jair Segati contou ao Primeira Página que sempre acreditou no rádio, mesmo antes de iniciar a trajetória de cerca de 40 anos atuando na área; ouça abaixo:
Rádio: companheiro, democrático e histórico
Natural de Goiânia, Segati passou a fazer parte da locução e programação da Centro América FM Easy em 2019 e, para ele, o rádio pode ser traduzido na palavra companhia.
Quando ainda era criança, Jair se perguntava como as vozes e músicas podiam sair de uma pequena caixinha pela qual os pais costumavam ouvir as notícias do dia e as músicas.
Na época, a programação era AM (amplitude modulada), e mudou, anos depois, para a FM (frequência modulada), que abrange uma área menor de transmissão, mas com qualidade sonora maior e possibilidade de ser sintonizada por tablets e celulares.
Após conseguir comprar seu próprio rádio depois que começou a trabalhar, Segati decidiu não só ser um ouvinte, mas atuar no radialismo, em 1983.
As mudanças com o tempo
A música que antes saía dos discos de vinil para ser transmitida aos ouvintes, hoje pode ser programada, gravada, acessada pela internet e até mesmo acompanhada em vídeo pelas transmissões ao vivo das emissoras de rádio.
É uma trajetória que já dura mais de 100 anos, desde a primeira transmissão no Brasil, em 7 de setembro de 1922, durante a comemoração do centenário da Independência.
Nessa época, o então presidente da República, Epitácio Pessoa, teve seu discurso transmitido pelas ondas de rádio para todo o país.
Falando nas primeiras transmissões, podemos relembrar o dia 13 de fevereiro de 1946, quando o rádio das Nações Unidas transmitia a seguinte frase: “Estas são as Nações Unidas chamando as pessoas de todo o planeta”.
Apesar do feito histórico, o rádio só se tornou o meio de comunicação mais consumido do planeta, segundo relatórios internacionais, décadas depois.
O Dia Mundial do Rádio foi proclamado pela Unesco (Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura) em 2011, para falar da importância desse meio de comunicação, do alcance e de como ele pode colaborar com a democracia.
Através de diversos formatos, o rádio é consumido por cerca de 80% da população brasileira – oito em cada 10 brasileiros estão sintonizados! Os dados fazem parte do estudo ‘Inside Áudio 2023’ da Kantar IBOPE Media, que aborda o consumo do meio no Brasil.
E ele também foi criado para ser “escola dos que não tinham escola”, como afirmou o fundador da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, Edgard Roquette Pinto, na década de 1920.
Por isso, podemos dizer que além de ferramenta social que rompe barreiras geográficas e sociais, o rádio é mesmo a representação de companhia na vida dos ouvintes por todo o mundo.
“Tem alguém do outro lado comunicando, falando alguma coisa que acaba te trazendo companhia. O rádio ainda continua, na minha opinião, prevalecendo e forte na mídia!” afirmou Jair Segati ao Primeira Página.
A Centro América FM
A rádio Centro América FM chegou em 2010 na contramão de tudo o que existia no mercado em Mato Grosso. Criada para um público segmentado, se tornou a rádio da família, dos cuiabanos e mato-grossenses.
No dia 17 de novembro do ano passado, a Rádio Centro América FM Easy – 99,1 celebrou 13 anos de história! Quem também estará fez aniversário, um dia depois, foi o jornal Primeira Página, que foi ao ar um dia após a estreia da programação musical.
O diretor de Programação, Entretenimento e Comunicação da RMC (Rede Mato-grossense de Comunicação), Ulisses Serotini, avalia que o sucesso se deve ao tripé: jornalismo, programação musical qualificada e um intervalo diferenciado.
A Easy alcança sete cidades da região metropolitana de Cuiabá e se tornou referência no mercado para oferecer aos ouvintes uma seleção exclusiva de grandes clássicos musicais e sucessos da atualidade, com o foco no público adulto contemporâneo.
Fonte: primeirapagina