Se você é assinante de algum serviço de streaming já deve ter se deparado com sugestões de doramas, os dramas asiáticos que conquistaram muitos fãs ao redor do mundo. Em linhas gerais, são produções que ficam entre as novelas brasileiras e os seriados norte-americanos, com poucos episódios e, normalmente, com apenas uma temporada. O PP conversou com fãs das produções para entender o que torna essas séries tão viciantes.
A bancária Sarah Valões teve o primeiro contato com doramas em 2019, quando a tia dela apresentou o drama chinês “Jardim de Meteoros”. Ela disse ter gostado, mas não conseguiu assistir outros porque estava naquele desafio de conciliar trabalho e estudo.
Mas, em janeiro deste ano, durante uma visita à casa da mãe, ela foi convencida a assistir “Beleza Verdadeira”. Não demorou até que outros entrassem na lista. “Esse dorama é meu favorito até agora. Adoro a pureza e o respeito nas relações”, diz.
“É uma coisa muito fofinha, sabe? Aquela coisa de demorarem para confessar o amor, de dar um abraço, eu acho muito fofinho isso”.
Sarah Valões
Romances envolventes
A bióloga e esteticista Lívia Kobayashi, 36 anos, também foi atraída pela leveza das produções asiáticas. Ela começou assistindo “Pousando no Amor” e nunca mais parou.
“ Gosto de um romance açucarado e os doramas me proporcionam isso. Além disso, os looks das coreanas e os atores são maravilhosos. Que meu marido não leia isso”, brinca.
Lívia Kobayashi.
Dentre os motivos que a fazem maratonar estão a forma como os romances se desenvolvem: lentamente. “Às vezes até dá raiva porque que é lento demais”.
A dorameira já perdeu as contas de quantas novelas asiáticas assistiu, mas, não tem dificuldade em escolher seus favoritos. A lista inclui Pousando no Amor, Rainha das Lágrimas, Tudo Bem Não Ser Normal, Pretendente Surpresa, Flower of Evil e Match VIP.
Quem também já perdeu as contas de quantos doramas assistiu é Mikaela Santos, de 28 anos. A profissional de help desk sempre teve interesse na culinária asiática, então não demorou até ficar atraída também pelos doramas.
Ela entrou no mundo dos doramas em 2020 e continua desde então. “Eu tinha saído do serviço no começo da quarentena e, em casa, zapeando, vi o trailer de uma série que me chamou atenção. Era ‘Crash Landing On You’ ou, na tradução, ‘Pousando no Amor’. E olha, eu pousei foi nas lágrimas, viu?. Nunca chorei tanto vendo uma série e maratonei ela em 3 dias”, lembra.
“Eu já assisti aos doramas da Coreia, da Tailândia, do Japão, de Taiwan, da China e das Filipinas. Dando uma olhada na minha lista, devo ter assistido em torno de 300 doramas.”
Questionada sobre o que mais a atrai nestas novelas, ela conta que, “na maioria das vezes, as atuações são impecáveis, você fica imerso na história e nem vê o tempo passar. E, falando em tempo, gosto que eles conseguem contar uma história bem desenvolvida em poucos episódios. Se comparados com outras séries, você não precisa esperar anos por outra temporada.”
A culinária asiática também é outro ponto levantado por ela. “Gosto muito de cozinhar e, vendo os doramas, eu ficava morrendo de vontade de provar as comidas. No começo, era difícil achar onde encontrar os ingredientes, mas com algumas pesquisas, encontrei pela internet alguns ingredientes e consegui reproduzir alguns pratos”.
A servidora pública Bruna Aquino, de 28 anos, também faz parte do time dos dorameiros.
Ela resolveu “dar uma chance” para uma sugestão do aplicativo de streaming e foi amor ao primeiro play. “O primeiro que apareceu para eu assistir foi ‘Pousando no Amor’. E aí eu comecei a assistir e, desde o primeiro episódio, eu fiquei assim encantada, apaixonada. Foi totalmente diferente do que eu já tinha assistido na vida. E aí, depois do primeiro episódio, eu nunca mais parei de assistir.”
Na lista dela, constam mais de 30 doramas. “Cada dorama que eu assisto é algo único, eu fico totalmente encantada. Lógico que tem alguns que a gente para no meio do caminho e abandona, mas faz parte”, diz, antes de revelar o número 1 da sua lista de preferência.
“O primeiro para mim sempre vai ser, não importa qual apareça, ‘Pousando no Amor’, porque foi o primeiro que virei dorameira mesmo.”, conta.
Fonte: primeirapagina