Síndrome sensorial: conheça a condição que afeta o filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso
Emocionada, a atriz e apresentadora do podcast quem pode pod, Giovanna Ewbank, de 36 anos, revelou nesta semana que o seu filho do meio – Bless, de 8 anos – havia sido diagnosticado com a síndrome sensorial.
O que é síndrome sensorial?
Essa síndrome, ou Transtorno de Processamento Sensorial (TPS), é um quadro em que, tanto o cérebro, quanto o sistema nervoso do indivíduo apresentam dificuldades para processar estímulos do ambiente e os sentidos.
“, o Bless começou a ficar muito aéreo, [fazendo] algumas coisas que eu achava um pouco estranhas. Comecei a achar que ele poderia ter um , até que uma médica em São Paulo o diagnosticou com uma síndrome sensorial. Ele ouve mais do que nós todos, ele sente mais, sente mais cheiro”, contou a atriz.
“Diversas vezes ele passava, por exemplo, pela cozinha, e falava: ‘Ai, que cheiro forte!’. E eu falava: ‘Bless, para com isso. É frescura, filho! É o cheiro da cebola’. Quando ele pisava na grama e falava: ‘Me tira daqui!’. E eu falava: ‘Filho, para de frescura, é só grama’. Queria muito colo, não gostava de ir para o meio do mato – onde a gente vai muito – porque o barulho das moscas incomodava ele”, disse Giovanna durante o podcast.
A disfunção de integração sensorial – termo utilizado pela literatura médica – se trata de uma dificuldade do cérebro para processar determinadas informações sensoriais provocadas por estímulos externos.
Como é o diagnóstico da síndrome sensorial?
O diagnóstico da é feito através da avaliação de profissionais especializados – neuropediatra ou um terapeuta ocupacional.
Durante o acompanhamento, o terapeuta irá buscar identificar os estímulos que impactam negativamente as crianças durante a realização de determinadas atividades
“A forma que estas crianças observam e experimentam o mundo é um pouco diferente – sensorialmente falando. E isso é expressado nos comportamentos. Geralmente, temos o comportamento de recusa ou de busca por determinados tipos de estímulos”, explica Priscylla Cavalcanti, terapeuta ocupacional e especialista em Neurociência Aplicada pela Universidade federal de Pernambuco (UFPE).
Na síndrome sensorial, a criança pode apresentar alterações em seus aspectos sensoriais, como paladar, visão, audição e olfato, seja por falta ou excesso de estímulos, que podem causar hiper ou hipossensibilidade e até mesmo um atraso sensorial.
Crianças com disfunção de integração sensorial podem apresentar as seguintes características
- Agitação e necessidade de estar sempre em movimento (por exemplo, a criança não fica sentada por muito tempo e, quando senta, demonstra inquietação).
- Dificuldade de processar e expressar , calor, fome, cansaço, entre outras.
- Seletividade ou dificuldade alimentar, evitando algumas comidas de determinada textura, sabor ou consistência.
- Intolerância a algumas roupas ou texturas.
- Desorganização e distração.
- Linguagem imatura e/ou dificuldade na fala.
O diagnóstico da síndrome sensorial pode ser realizado por um psicólogo, pediatra, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional. Esses profissionais da saúde são aptos para tratar todas as esferas que envolvem as dificuldades trazidas pela síndrome sensorial.
Como é feito o tratamento da síndrome sensorial?
O tratamento de crianças com disfunção de integração sensorial não deve ser confundido como uma cura, visto que a condição não se trata de uma doença.
Por isso, o acompanhamento da criança com essa disfunção busca atenuar os efeitos causados por estímulos sensoriais identificados como negativos.
“Utilizamos um setting terapêutico para promover estímulos e situações onde o cérebro das crianças irá criar novos para que elas possam aprender a lidar com essas situações de forma funcional”, comenta Priscylla.
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Fonte: melhorcomsaude