Jovem exige que futura esposa saiba preparar seu prato preferido: “Homem que cozinha é tabu”
Mazi Ifeanyi, um jovem nigeriano decidiu não guardar nada e revelou seus critérios para escolher uma esposa. O jovem faz exigência que futura esposa aprenda a cozinhar seu prato preferido.
Nos últimos anos, o mundo ocidental se aproximou muito de valores progressistas e inclusivos, e suas sociedades rejeitam cada vez mais a discriminação e a . Contudo, ainda existem pessoas que costumam ter outros pensamentos e não concordam com certos costumes, os quais a sociedade está adotando aos poucos. De fato, só foi em 2015 que Nigéria proibiu a mutilação genital feminina.
A polêmica fala do rapaz que recebeu muitas críticas na web. Muitos internautas se manifestaram contra seu posicionamento e deixaram isso bem claro nas.
Infelizmente, isso é prova de que o machismo continua enraizado.
Mazi disse em um post que era muito seletivo quando se tratava de e decidir se quer se casar com uma determinada mulher. Isso porque, dentro desses parâmetros, um dos mais importantes tinha a ver com alimentação, como se ter esposa se tratasse de selecionar serviços domésticos.
Conforme a avaliação do jovem, os casamentos das gerações mais velhas eram duradouros porque as mulheres tratavam os maridos como reis.
Bastante exigente quando se trata da comida que come, qualquer mulher com quem o jovem se casar, deverá obrigatoriamente ter que ficar com sua mãe ou irmã por aproximadamente quatro meses para aprender a preparar sua comida e aprender acerca de quais são as suas preferências.
Obviamente, as respostas de alguns internautas estavam repletas de indignação. Algumas mulheres o chamaram de “macho” e pontuaram que ele era muito exigente. Aliás, houve até quem lhe dissesse que em vez de exigir que a ficasse com a mãe, deveria ensiná-la a preparar seu prato preferido.
Porém, o comentário não agradou nem um pouco a Mazi, que prosseguiu em seu raciocínio polêmico e controverso e respondeu que: “Um homem ensinando sua esposa a cozinhar? Isso é um tabu, homem não tem nada a ver com cozinhar”, disse ele.
Teimoso e irredutível, não houve argumento que o fizesse mudar de opinião e acreditar que encarar a segunda pessoa da relação como mero serviçal é algo errado e fora de contexto.
Soraia Carolina de Mello, professora do Departamento de História da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e pesquisadora vinculada ao IEG (Instituto de Estudos de Gênero) comenta que é preciso ensinar às pessoas desde crianças que existem outros que não a hegemônica, profundamente machista.
“Os homens também devem assumir a responsabilidade sobre suas casas, sua alimentação, sua saúde e suas roupas, assim como sobre sua família, como esperamos das pessoas adultas”, diz Soraia, que sustenta que a questão do trabalho doméstico não é um problema só das mulheres. “A busca por soluções não pode ser ‘jogada’ nas costas delas, sobrecarregando-as ainda mais, caso contrário só reproduzimos a lógica de naturalização do doméstico como ‘feminino’, que é uma questão cultural e historicamente construída e, portanto, passível de transformação”, sentencia.
O que você achou da postura desse jovem?
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Fonte: melhorcomsaude