232 kg. Esse era o peso do comerciante Marcello Mansur, de 33 anos, em outubro do ano passado. Além de questões psicológicas, ele também começou a enfrentar complicações físicas decorrentes da obesidade mórbida: tinha úlceras nas pernas, unhas encravadas, exames de sangue bem alterados e locomover-se no dia a dia tornou-se algo bem desconfortável. Hoje, com 116 kg a menos, ele pode comemorar uma nova vida.
“Eu tinha pesadelos que envolviam cenários sobre a minha morte, como cenas com caixões ou minha mãe chorando. Eu não entendia a obesidade como uma doença, mas eu tinha vergonha do meu peso, não queria sair de casa. Por fim, só aprendi pela dor, deixei chegar no meu limite para procurar ajuda”, disse, segundo o .
Morador de Alcobaça (BA), Marcello se deu conta que tinha chegado o momento em que precisava urgentemente de ajuda para salvar a sua vida. Partiu, então, para Salvador (BA), onde se consultou no Hospital da Obesidade, o único no Brasil a tratar a doença com internação e com equipes de diferentes áreas.
Com ajuda de amigos, familiares e até mesmo da Justiça, o rapaz conseguiu recursos para um longo tratamento de 410 dias com mais de 70 profissionais. O objetivo, claro, não era só uma questão de aparência, mas, sim, de saúde.
Todo o esforço valeu a pena. Marcello perdeu 116 kg e hoje se diz uma pessoa renovada, cheia de planos e convencida de que venceu uma grande batalha pela vida. No período do tratamento, ele ainda conheceu sua nova namorada. Seus planos, agora, são estudar, criar um novo negócio, mudar de cidade e constituir um lar com a amada.
“Ou eu me cuidava ou eu morria. É um hospital que salva vidas, nunca emagreci tanto e de forma tão saudável. Hoje eu escolho minhas roupas e não são as roupas que me escolhem. Ganhei mais uns 30 anos de vida pelo menos.”
Riscos da obesidade
A história do Marcello é a história de muitas pessoas que enfrentam a obesidade e, ao mesmo tempo, o preconceito dos outros.
É importante lembrar que muitos aspectos fazem com que um indivíduo chegue a mais de 100 ou 200 kg: questões psicológicas, genéticas, hormonais, entre outros. Dizer que alguém é obeso apenas por gula ou preguiça é não enxergar o problema como ele realmente é.
O importante é que quem esteja acima do peso busque , com prática de exercícios físicos e alimentação balanceada. Assim, também dá para evitar uma série de doenças que vêm junto com a obesidade, como diabetes, hipertensão, síndromes respiratórias e colesterol alto.
Segundo pesquisa publicada na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology, Homens obesos vivem 8 anos a menos do que homens saudáveis; no caso das mulheres, a diferença é de 6 anos.
Que a história do Marcello inspire outras pessoas a também buscarem ajuda e alcançarem uma vida com mais saúde!
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Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.
Fonte: awebic.com