De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 245 milhões de pessoas sofrem de perda moderada ou severa da visão. Dentro desse número estima-se que 39 milhões têm cegueira completa. Com o avanço dos estudos e pesquisas científicas, uma nova esperança desponta para aqueles que precisam aprender a enxergar o mundo de outra forma.
Trata-se de um estudo piloto feito por pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia, publicado na Nature Biotechnology, no qual os cientistas desenvolveram um biomaterial feito a partir do colágeno da pele de porcos e que restaurou, com sucesso, a visão de 20 voluntários, a maioria dos quais não enxergava mais nada.
De acordo com os pesquisadores, até hoje não havia tecidos para o transplante de córnea muito eficazes, apesar de todos os esforços. Na contramão, a demanda por tratamentos e, até mesmo, cura continua crescendo! A estimativa é de que a cada ano mais de um milhão de novos casos de cegueira – seja por doença ou lesões nos olhos – surjam.
Professor do Departamento de Ciências Biomédicas e Clínicas da LiU e um dos pesquisadores por trás do estudo, Neil Lagali tem boas expectativas para o desenvolvimento e aprimoramento da tecnologia.
“Os resultados mostram que é possível desenvolver um biomaterial que atenda a todos os critérios para ser usado como implante humano, que pode ser produzido em massa e armazenado por até dois anos e, assim, atingir ainda mais pessoas com problemas de visão”, explica.
Outra vantagem dessa cirurgia, ainda de acordo com o professor, é que o método novo é menos invasivo e poderia ser usado em mais hospitais. “Com nosso método, o cirurgião não precisa remover o tecido do próprio paciente. Em vez disso, é feita uma pequena incisão, através da qual o implante é inserido na córnea existente”, enfatiza.
RESULTADOS PROMISSORES
Uma pequena aula de ciência: para quem não se lembra das aulas de biologia, a córnea consiste principalmente da proteína colágeno. Assim, para criar uma alternativa à córnea humana, os pesquisadores usaram moléculas de colágeno derivadas da pele de porco. E não se preocupe: elas foram altamente purificadas e produzidas em condições estritas para uso humano!
Além de todo esse , a pele suína é um subproduto da indústria alimentícia, ou seja, é de fácil acesso e economicamente vantajosa. Muito bom!
Uma doença progressiva e que as causas ainda não foram esclarecidas, o ceratocone é uma das principais casos de transplante de córnea no mundo. Porém, a fila para essa cirurgia é grande e os doadores são escassos, sendo de apenas um a cada 70 pacientes.
Para aproveitar tudo, além do tratamento, os cientistas envolvidos na pesquisa utilizaram o material para tratar também pacientes com ceratocone avançado – que ainda não estão completamente cegos.
Por aqui a gente torce para que essa pesquisa continue e chegue em breve nos hospitais de todos os países de forma acessível e disponível para toda a população!
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Fontes: e
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Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.