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Possível descoberta: Túmulo de navio viking pode estar enterrado em fazenda na Noruega

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Setenta rebites de ferro foram encontrados enterrados no sudeste da Noruega. Arqueólogos da de Oslo analisaram as peças e acreditam que elas são as evidências do cemitério de um navio viking, escondido debaixo de uma fazenda.

Em 2015, um explorador amador descobriu três desses rebites usando um detector de metais enquanto investigava a região de Jarlsberg, no interior da cidade de Tønsberg. Depois de alertar as autoridades sobre as descobertas, um time de arqueólogos profissionais encontrou outras sete peças, e a busca continuou.

Após nove anos de estudos na região e com o uso de um radar de penetração no solo, foram encontrados ao todo setenta rebites. Com base no tamanho de alguns desses fixadores, os especialistas acreditam que eles eram usados para sustentar tábuas de madeira de cerca de 2,5 metros de comprimento. Se essa estimativa for precisa, um barco viking bem grande pode estar enterrado debaixo da fazenda da mansão.

Os rebites encontrados variam bastante de tamanho entre si, com os mais longos servindo para sustentar as grandes tábuas da navegação. Eles têm um comprimento semelhante ao de outros fixadores encontrados nos cemitérios de navios em Gokstad e Oseberg, também na Noruega.

O barco enterrado debaixo de Jarlsberg teria, aproximadamente, 15 metros de comprimento e 23 metros de largura, como divulgou o LiveScience. Os arqueólogos não encontraram matéria orgânica que tenha sobrado, então não conseguem chegar a uma idade para ele por datação de radiocarbono. A estimativa mais confiável que eles conseguiram dar é que os materiais são do ano 750 ao ano 1000 d.C.

Além dos rebites, foram encontrados dois grampos de cavalo, espinhos que eram presos aos cascos dos animais para aumentar a tração e facilitar a locomoção em caminhos com gelo. Os cavalos eram frequentemente enterrados ao lado dos navios vikings. Mas por que eles enterravam barcos?

Cemitério de navios? 

São muitos os casos de escavações arqueológicas nos quais a pessoa é enterrada junto de suas posses mais preciosas, como animais ou joias. Entre os vikings, às vezes esses tesouros eram um pouco maiores. Há 15 tumbas de navios vikings conhecidas só na Noruega.

Nesses casos, a navegação podia servir de tumba para o morto, e todos seus tesouros eram enterrados junto dele, no casco do barco. Isso não é exclusividade dos vikings: culturas marinheiras espalhadas pela Ásia e pela Europa realizaram esses tipos de sepultamentos, como nas Filipinas.

Uma das hipóteses sobre o motivo dos sepultamentos de barcos era que talvez os vikings acreditassem que as navegações poderiam ser usadas no pós-vida. 

Os arqueólogos não têm certeza sobre quem era o dono do navio, mas as evidências que eles coletaram apontam para um rei viking, talvez Bjørn Farmann, que foi o monarca da região de Vestfold e governou no início do século 10.

No começo do século 20, a mesma fazenda foi escavada, revelando alguns artefatos de um sepultamento. O arqueólogo A.W. Brøgger, responsável pela investigação em 1917 e 1918, tinha confiança de que iam encontrar um navio viking ali. Mais de cem anos depois, parece que a ciência está chegando perto de comprovar esse palpite.

Fonte: abril

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Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo