Superação e alegria guiam a vida de um atleta para lá de especial. Um brasileiro que teve um ataque cardíaco conseguiu completar duas maratonas poucos dias depois do infarto. Gustavo Carvalho, de 42 anos, é do tipo que mostra que vale a pena manter o otimismo e correr atrás dos sonhos.
Apaixonado por esportes, Gustavo estava num shopping center quando infartou: sentiu nas mãos um formigamento, pressão na mandíbula e uma dor insuportável no peito. Tudo muito rápido até desmaiar e acordar apenas no hospital. Lá, ouviu dos médicos: foi salvo pelo atendimento rápido dos profissionais no shopping e por ser atleta.
“Pense na pessoa mais feliz do Mundo… Apaixonado pelos esportes paraolímpicos e viajar”, afirmou Gustavo, nas redes sociais e assim ele toca a vida. Tanto é que mal esperou concluir a reabilitação após o infarto para disputar as maratonas.
Esporte é vida
Para o brasileiro, a máxima de que esporte é vida é levada muito a sério e as maratonas têm um lugar mais especial ainda na vida dele.
Além do trabalho na Andef (Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos), o atleta joga tênis, é corredor de rua e treina muito.
O brasileiro disse que sempre foi cuidadoso com a saúde e tinha certeza que nada aconteceria com ele, além dos exercícios físicos, fazia check-up a cada seis meses.
Porém, faltando duas maratonas Majors para completar sua mandala SixStar, foi surpreendido com o ataque cardíaco.
“Tive um enfarte. Foram três dias de suspense até os médicos decidirem o que fazer, e no final colocaram stents para desobstruir o ventrículo esquerdo”, disse Gustavo em entrevista ao Estadão.
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Dias depois, maratonas outra vez
Alguns dias depois, conversando com a cardiologista, o atleta brasileiro contou para ela o grande medo dele: ter de parar de correr antes de conquistar uma medalha.
Gustavo mostrou o planejamento dele para os médicos. A ideia era correr seis maratonas Majors – Chicago, Berlim, Nova York, Boston, Tóquio e Londres.
Aproveitando que os exames indicavam melhora após o quadro do ataque cardíaco, o atleta e os médicos chegaram a um acordo: ele completaria a Maratona de Tóquio como longão – correria 32 km e andaria os 10 km finais.
Depois, o atleta correria a última maratona em Londres, para conquistar a medalha sonhada – a mandala.
Em seguida, Gustavo se comprometeria a correr apenas meias maratonas para dar uma margem de segurança ao seu coração.
Treinos e dedicação
Assim, dez dias depois do infarto, o brasileiro voltou a treinar, no Hospital Albert Einstein onde foi tratado.
Diante do desejo do atleta, o hospital investiu em um método multidisciplinar de reabilitação e saúde, no Centro de Reabilitação, que integra educação física, psicologia, ortopedia, fisioterapia, nutrição, cardiologia e medicina do esporte, entre outros.
Com informações do Estadão
Fonte: sonoticiaboa