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Educação

Terapia Ocupacional para Crianças com Deficiência: Como Funciona e Benefícios

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A maioria dos pais que sai de um consultório médico com o encaminhamento do filho para a Terapia Ocupacional (TO) se pergunta: o que é isso? Para que serve essa tal Terapia Ocupacional? Minha criança realmente precisa?🤔💭

A TO é uma importante ferramenta para ajudar a pessoa com deficiência a desempenhar as mais diversas atividades diárias, desde vestir-se e escovar os dentes até mesmo dar conta de realizar uma sequência de tarefas no ambiente de trabalho.

A infância é uma fase de testes e aprendizagem onde a criança começa a desenvolver todas as habilidades que vai precisar ao longo da vida. O brincar, além da distração e estímulo à imaginação, é um espaço seguro onde a criança testa ações, habilidades e atitudes que irá desempenhar ao longo da vida. Com os brinquedos e brincadeiras, treinamos para pular, correr, abaixar, mas também para fazer coisas da vida prática. Brincar é a principal ocupação da criança. As chamadas crianças típicas, descobrem muitas coisas intuitivamente ou pelo simples ato de tentar e errar.

É da própria criança o instinto da descoberta e da curiosidade. Crianças com deficiência, no entanto, podem ter prejuízos motores e intelectuais que tornam esta rumo aos marcos do desenvolvimento infantil mais desafiadora.

Neste artigo falaremos como e quando este profissional pode ajudar as crianças com deficiência a desenvolver a autonomia necessária para uma vida com maior independência.

Leia também: Qual a importância das terapias no desenvolvimento das crianças com Síndrome de Down?

O que é a terapia ocupacional?

A terapia ocupacional é uma área da saúde que se concentra em ajudar pessoas a realizar atividades do dia a dia que são importantes para elas, especialmente quando dificuldades físicas, emocionais, cognitivas ou sociais interferem nessa capacidade.

Quando falamos dos profissionais que a aplicam, a terapia ocupacional é uma profissão de nível superior, regulamentada pelo Decreto-Lei nº 938/1969 e que compartilha o mesmo conselho de classe (Creffito) que a Fisioterapia.

Porém, como já comentei, a TO está mais relacionada a tarefas do cotidiano que vão mudando conforme a idade e a rotina de cada pessoa. Nesse quesito, ela é uma importante aliada para o desenvolvimento e encorajamento das competências das pessoas com diversos tipos de barreiras físicas, motoras, sensoriais, psíquicas, etc.

Se você acompanha uma criança com deficiência, deve estar se perguntando se as terapias de fisio e fono já não são suficientes e já vamos te explicar abaixo por que, se a criança recebeu encaminhamento da terapia ocupacional, ela é, sim, importante.

Cada terapia se ocupa de uma coisa

Quando a deficiência da criança é motora (e está relacionada a músculos, ossos, aparelho vocal e auditivo) ela precisará do acompanhamento de uma fisioterapeuta e/ou de uma fonoaudióloga para acompanhá-la na conquista desses marcos.

Já quando a deficiência é intelectual ou ainda em virtude de alguma rigidez, ou ausência de membros e movimentos, a Terapeuta Ocupacional é a/o profissional que entra em ação. Isso porque as demandas e atividades envolvidas nas tarefas cotidianas precisam de um suporte mais especializado.

Vale lembrar que as terapias aqui citadas são complementares e que a mesma criança pode precisar de todas elas ao mesmo tempo, para poder performar da maneira mais potente possível em seu dia a dia. Crianças com deficiência intelectual precisam geralmente de suporte para desenvolverem-se plenamente nas questões de fala e movimento.

O terapeuta ocupacional não atende somente crianças/pessoas com deficiência, ele pode ser solicitado sempre que a criança ou adulto tiver algum prejuízo no desempenho das suas atividades diárias, com pessoas que sofram acidentes que dificultem suas tarefas cotidianas, como pessoas que passaram por AVC, paralisia cerebral e outros.

É fácil quando se sabe!
Tudo aquilo que fazemos no dia a dia de maneira automática, tem por trás uma série de pequenos comandos que damos ao nosso cérebro. Porém, quando estamos aprendendo, não é tão simples assim.

Pense na quantidade de comandos que é preciso dar a si para realizar a tarefa, como, por exemplo, de comer com e faca: esticar o braço em direção ao talher > abrir a mão > agarrar o talher> fazer o movimento de juntar a comida, e por aí vai.

Além de uma sequência de comandos, não podemos esquecer que cada pessoa com deficiência é única e enfrentará suas próprias barreiras. Uma criança que não tem uma das mãos precisará de estratégias diferentes para fazer a mesma tarefa daquela que tem as duas. É neste ponto que a Terapia Ocupacional entra em ação!

Recursos e estratégias da terapia ocupacional

Ainda que tenhamos pelo senso comum um “jeito certo” de fazer cada coisa com eficiência, cada pessoa (típica ou não) desenvolve a sua própria maneira de fazer algumas coisas.
A terapia ocupacional atua no campo de desenvolver recursos para que a maioria das tarefas possam ser feitas pela criança ou adulto com deficiência.

Do ponto de vista psíquico e sensorial, ela também ajuda a vencer as barreiras da rigidez cognitiva, que impede muitas crianças de tocar em objetos com texturas desagradáveis, ou deixar de experimentar coisas que se apresentem de maneira diferente das de costume.

Crianças com deficiência: autonomia para quê?

Ainda frequenta o imaginário comum de que a pessoa com deficiência é totalmente dependente de terceiros para fazer qualquer coisa. Essa ideia é obsoleta e infundada!
À medida que a criança tenha capacidade de transpor obstáculos, ela deve ser encorajada a fazer o maior número possível de coisas por conta própria. É papel dos pais e responsáveis colocarem os filhos frente às mais diversas situações sem presumir a capacidade ou não daquela criança.

Como adultos, precisamos encorajar as crianças com deficiência desde cedo a fazerem as mais diversas atividades por conta própria, permitindo que ela também possa errar, se frustrar e buscar meios de solucionar problemas.

A própria criança com deficiência é a encarregada de mostrar ao mundo seus limites. Precisamos oferecer a elas a oportunidade de descobrirem as coisas, de serem protagonistas de suas vidas.

A autonomia não só traz significado para a vida da pessoa com deficiência, como a prepara para a idade adulta e a velhice.

Fonte: leiturinha

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