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Economia

Produção industrial tem queda de 1,6% em janeiro, aponta IBGE

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A produção industrial brasileira começou o ano com queda de 1,6%. A retração do setor foi puxada pela menor extração de petróleo e miné de ferro e pela redução na fabricação de açúcar. Os dados constam em pesquisa realizada pelo divulgada nesta quarta-feira, 6.

O dado corresponde à passagem de dezembro para janeiro e marcou a queda mais intensa do setor desde abril de 2021 (-1,9%). Isso fez o setor voltar a ficar abaixo do patamar pré-pandemia, com queda de 0,8% ante fevereiro de 2020.

Recuo na extração de petróleo

Duas das quatro e seis dos 25 ramos investigados pela pesquisa mostraram recuo na produção. As principais quedas ficaram com indústrias extrativas, com recuo de 6,3%, e produtos alimentícios, com retração de 5%.

Segundo o gerente da pesquisa do IBGE, André Macedo, a queda na indústria extrativa foi puxada pela menor extração de petróleo e minério de ferro. E interrompeu dois meses de alta na produção, quando acumulou expansão de 6,7%.

Já a queda registrada no setor alimentício se deu pela diminuição na fabricação de açúcar. “Eliminando parte da expansão de 11,3% acumulada no período entre julho e dezembro”, conforme o IBGE.

Outras contribuições negativas vieram de confecção de artigos de vestuário e acessórios (-6,4%) e de produtos têxteis (-4,2%).

Indústria de extração de petróleo no Brasil atua em 10 estados, os principais são Rio de Janeiro e São Paulo.Indústria de extração de petróleo no Brasil atua em 10 estados, os principais são Rio de Janeiro e São Paulo.
A Extração De Petróleo No Brasil É Realizada Em 10 Estados, Os Principais São Rio De Janeiro E São Paulo. | Foto: Divulgação/Petrobras

Na comparação com janeiro do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 3,6%. Foram resultados positivos em todas as quatro grandes categorias econômicas e 49,8% dos 789 produtos pesquisados.

Entre as grandescategorias econômicas, ainda na comparação com janeiro de 2023, a divisão de bens intermediários (4,8%) assinalou a expansão mais acentuada. Os setores de bens de consumo semi e não duráveis (2,6%), de bens de consumo duráveis (1,4%) e de bens de capital (0,4%) registraram as demais taxas positivas nesse mês.

O que esperar da indústria em 2024?

Ainda segundo a pesquisa realizada pelo IBGE, a expectativa é que, assim como aconteceu no ano passado, o desempenho da indústria em 2024 também seja puxado pela indústria extrativa. Especialmente pela produção de petróleo e gás.

Em entrevista para o jornal O Globo, o economista Stéfano Pacini, da Fundação Getulio Vargas, afirmou que “a nova política industrial ainda não teve um impacto forte nas expectativas do setor, que parece estar aguardando seu desdobramento e ações relacionadas”. Pacini disse que “o maior otimismo em relação ao emprego parece ser um sinal positivo”.

Fonte: revistaoeste

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