A Petrobras vai encerrar o teste-piloto do programa de recompra de ações preferenciais no primeiro trimestre de 2024. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 3, pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores da estatal, Sergio Caetano Leite.
A recompra foi aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras em agosto de 2023.
O objetivo seria manter os papéis em tesouraria para um cancelamento posterior, sem redução do capital social. Isso significaria um aumento da participação da União no capital social da estatal.
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Hoje a União detém 28,67% do capital total da Petrobras, mas 50,26% das ações ordinárias.
O primeiro programa de recompra de ações da empresa previa um total de até 157,8 milhões de ações pelo prazo de 12 meses.
Esse volume representa 3,5% das ações em circulação (free float) da estatal petrolífera.
Entretanto, esse volume poderá ser muito maior.
Novo Conselho da Petrobras poderá decidir maior compra de ações
Leite explicou que, assim que for eleito o novo Conselho de Administração da companhia, na Assembleia Geral Ordinária prevista para abril, será apresentada uma nova proposta de recompra de ações, com uma porcentagem maior.
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“Encerramos novembro perto dos 58%, 60% recomprados. Lá para o final do primeiro trimestre vamos performar os 157,8 milhões. Ele [programa] veio para ficar. Se o Conselho aprovar, e acredito que vai aprovar, ele vai ser certamente maior do que o piloto”, explicou o diretor.
Segundo Leite, a recompra de ações da Petrobras está sendo feita com todo o cuidado para não provocar distorção de preços.
O Conselho da Petrobras precisa aprovar os períodos e a quantidade de ações que serão recompradas com o Conselho.
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Para garantir a boa governança do processo de recompra de ações da Petrobras, foi contratado um rodízio de bancos. Leite explicou que “já participaram quatro [bancos] e vamos começar o ano com o quinto recomprando”.
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Fonte: revistaoeste