A Petrobras admitiu a possibilidade de rever a política de distribuição de lucros. A informação consta em um documento da estatal encaminhado para para a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, na quarta-feira 29.
No texto, é mencionado que as mudanças na composição do Conselho de Administração e diretoria podem resultar em alterações ou no encerramento da política de dividendos, que o colegiado pode mudar ou encerrar a política a qualquer momento. É apontada ainda a possibilidade de as mudanças na política levarem ao pagamento de menos ou nenhum dividendo no futuro aos acionistas.
No ano passado, a estatal pagou quase R$ 216 bilhões em dividendos a acionistas, o maior montante de sua história. A companhia adota uma política de remuneração que estabelece o pagamento de 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e os investimentos, caso o endividamento bruto esteja menor que US$ 65 bilhões.
A Petrobras afirma que o pagamento de dividendos acima do mínimo legal e estatutário em períodos anteriores não é garantia de pagamentos futuros e não serve como patamar de referência.
Conhecido como “Formulário 20-F”, o documento é obrigatório para as companhias estrangeiras listadas nos Estados Unidos. Nele, as empresas fornecem informações financeiras e operacionais, além de avaliar os riscos aos quais estão submetidas.
É no segmento “riscos” que a Petrobras avalia a possibilidade de mudanças na política de distribuição de dividendos. O tópico não aparece na edição anterior do formulário, de 2022.
Relacionadas
Haddad omite cenário fiscal do governo Dilma ao defender arcabouço 
Dólar cai e termina o dia abaixo dos R$ 5,10; Ibovespa sobe 
Roberto Campos: juros teriam que ser o dobro Fonte: revistaoeste
