A Organização dos países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) anunciou, nesta quinta-feira, 30, que vai reduzir a produção de petróleo, atualmente de mais de 1 milhão de barris por dia.
Além disso, a Opep+ também aceitou convidar o Brasil para se tornar parte da organização, de acordo com delegados da organização.
No acordo, firmado nesta quinta-feira, 30, a arábia Saudita também concordou em estender o corte de 1 milhão de barris por dia, anunciado em junho.
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Com os atuais conflitos geopolíticos no Oriente Médio, se espera que a ação da Opep+ aumente os preços da commodity.
Atualmente, o Brasil é o maior produtor de petróleo da América do Sul e produziu cerca de 2,3 milhões de barris por dia no terceiro trimestre.
Depois da notícia do corte na produção, o preço do petróleo Brent subiu cerca de 1,5%, para mais de US$ 84 o barril. O petróleo Brent é o contrato de petróleo mais negociado no mundo.
A reunião da Opep+
Por causa das divergências em relação aos cortes, a reunião da Opep+, que é normalmente realizada em Viena, foi feita de forma virtual.
De acordo com os delegados, o debate na reunião foi “quente” e tratou-se do tamanho dos cortes. O objetivo é avaliar como a redução se daria entre os membros da entidade.
A Arábia Saudita pressionou pelos cortes, em virtude da recente queda nos preços do petróleo e das preocupações com a baixa demanda do produto no mercado.
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O país, atualmente, é o maior produtor mundial de petróleo e busca se expandir, o que inclui a construção de uma nova cidade no deserto.
Para o país árabe obter equilíbrio fiscal, é necessário que os preços dos barris de petróleo fiquem em torno de US$ 88.
Junto dos Emirados Árabes Unidos, Nigéria e Angola têm lutado para não reduzirem a produção.
Fonte: revistaoeste