A chamada “prévia do Produto Interno Bruto (PIB)”, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), apresentou crescimento de 0,5% em abril. A instituição divulgou os dados nesta sexta-feira, 16, e apresenta dados com ajuste sazonal.
No mês anterior, o indicador do Banco Central que monitora o andamento do PIB fechou em baixa de 0,15%.
Para Hugo Garbe, economista-chefe da G11 Finance e professor do curso de economia e finanças da Universidade Presbiteriana Mackenzie, o resultado do IBC-Br mostra que a política monetária do Banco Central está no caminho correto. A instituição tem mantido o atual patamar da taxa Selic em 13,75% ao ano (a. a.), em razão dos riscos fiscais e inflacionários do país.
“O último resultado demonstra a resiliência da economia brasileira e uma atividade econômica mais forte do que o esperado”, disse Garbe. “Isso é bom para a economia naturalmente. Mas reforça a tese do Banco Central em ter cautela na redução das taxas de juros já que a inflação de demanda pode ser um dos efeitos colaterais.”
Branco Central e o PIB
A autoridade monetária central conduz a política de juros de forma autônoma. O objetivo do Banco Central é manter a inflação dentro da meta, em um ambiente propício para o crescimento do PIB. Roberto Campos Neto preside a instituição desde fevereiro de 2019. A indicação dele ao cargo ocorreu durante o governo Bolsonaro.
Em 2021, a revista britânica The Banker, especializada em finanças, considerou Campos Neto o presidente de um Banco Central do ano. Ele foi premiado na categoria Global e Américas, por sua condução em meio a pandemia por covid-19.
Nível da Selic
Depois de chegar a 2% a.a. em 2020 (um dos menores patamares da história), a taxa Selic voltou a subir em abril de 2021, chegando em 13,75%, em junho de 2022. A taxa é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central. Os efeitos inflacionários provocados pela pandemia de covid-19 forçaram o Banco Central a subir a Selic até o nível atual. Ainda assim, o PIB brasileiro do ano passado registrou um dos melhores desempenhos entre as grandes economias planeta.
Fonte: revistaoeste