O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse a interlocutores próximos que tem preocupação com a possibilidade de desaceleração do crescimento da economia em 2024. Em razão disso, a equipe econômica já estuda medidas que possam alavancar o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), informou a Folha de S.Paulo.
+ no site da Revista Oeste.
Em 2023, primeiro ano do governo, o PIB cresceu cerca de 3% e agora, em 2024, a projeção dos analistas de mercado — — é de crescimento de apenas 1,6%.
Pode haver uma margem de erro na estimativa do mercado, que desde 2021 vem projetando patamar de crescimento inferior ao efetivamente registrado.
Com a perspectiva de desaceleração, aliados do governo afirmam que as medidas econômicas já lançadas podem não ser suficientes para fazer a economia crescer e, por isso, o governo já começa a analisar o uso de outros instrumentos econômicos.
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O governo Lula tem sido pressionado por integrantes do PT a desconsiderar a meta fiscal de déficit zero — postura já defendida publicamente pelo próprio presidente. A expectativa é de que os gastos fora do orçamento façam a economia crescer.
Segundo a Folha, fontes disseram que a prioridade do governo deve ser concentrar esforços para dar efetividade nas medidas já lançadas e acelerar a execução delas para garantir um resultado melhor dos investimentos, que estão em queda.
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Aliados temem o possível contingenciamento de despesas no início deste ano que possa inviabilizar investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Além disso, o governo quer evitar a todo custo a renúncia fiscal com a desoneração da folha de pagamento, tanto que editou medida provisória atropelando o Congresso, que aprovou a desoneração até 2027.
Lista de estímulos para o crescimento da economia no governo Lula
- efeito do pagamento de R$ 93 bilhões de precatórios;
- investimentos previstos pela Petrobras e o programa de empréstimos do BNDES para novos investimentos em projetos estruturantes;
- aposta no plano estratégico de 2024 a 2038 da Petrobras, com US$ 102 bilhões em investimentos;
- programa Letra de Crédito do Desenvolvimento do BNDES, no segundo semestre;
- início da concessão de empréstimos pelo BNDES com recursos do Fundo Clima;
- acelerar a regulamentação de projetos já aprovados, como o Marco Legal de Garantias e a lei recém-avalizada pelo Congresso que cria as debêntures de infraestrutura.
Fonte: revistaoeste