A 4ª Vara Empresarial do Estado do Rio de Janeiro atendeu ao pedido da Americanas para prorrogar o prazo de proteção contra cobranças de credores por mais 180 dias. O comunicado consta de fato relevante da varejista publicado na terça-feira 11.
Com a decisão, permanecem suspensas todas as execuções existentes contra o grupo e fica proibida qualquer forma de retenção, arresto, penhora, sequestro, busca e apreensão e constrição judicial ou extrajudicial sobre os bens a Americanas.
“A Companhia informa que a suspensão de todas as ações e as execuções existentes contra o Grupo Americanas, bem como da exigibilidade dos créditos concursais, será prolongada pelo prazo de 180 dias contados do término do stay period concedido no momento do deferimento do pedido de recuperação judicial do Grupo Americanas”, afirmou a varejista em comunicado.
A Americanas entrou em recuperação judicial em janeiro, depois de comunicar um rombo contábil de mais de R$ 20 bilhões. Em 13 de junho, a varejista admitiu que houve fraude e não apenas inconsistência na contabilidade. Em um fato relevante, a Americanas atribuiu à diretoria anterior a culpa pelas fraudes.
“Os documentos analisados revelam que as demonstrações financeiras da Companhia vinham sendo fraudadas pela diretoria anterior da Americanas”, informou a varejista naquele comunicado.
Na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura o rombo na varejista, o presidente, Leonardo Coelho Pereira, disse que há possibilidade de participação ou conivência das empresas de auditoria PriceWaterhouseCoopers (PWC) e KPMG, encarregadas de zelar pela prestação de contas da Americanas, e dos bancos Itaú e Santander. As auditorias não se manifestaram; os bancos negam qualquer irregularidade.
Fonte: revistaoeste