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Economia

Investigação sobre informação privilegiada envolve ex-executivos da Americanas

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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem três ex-executivos no inquérito da Americanas sobre uso de informação privilegiada na venda de ações da varejista antes do estouro da crise.

Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o relatório que dá início ao inquérito diz que o ex-presidente Miguel Gutierrez e os ex-diretores Anna Saicali e João Guerra estariam envolvidos.

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A CVM manteve o inquérito em sigilo e aprovou o envio das informações ao Ministério Público Federal. Segundo a autarquia, há “indícios da prática de crime de ação penal pública”.

Segundo a comissão, os executivos teriam feito vendas em 2022 “substancialmente superiores” às operações de anos anteriores, o que levanta a suspeita sobre os administradores. Gutierrez negou ter praticado a informação privilegiada, enquanto os demais não se manifestaram.

“Diante dos fatos expostos, considera-se possível que os investidores aqui elencados podem ter realizado operações com ativos de emissão da Americanas com o conhecimento de informações ainda não divulgadas ao mercado”, afirma o documento da comissão.

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O presidente da Associação Brasileira e Investidores, Aurélio Valporto, disse que o crime de insider, quem faz informação privilegiada, é uma forma de roubar investidores de boa-fé. A prática é punida com décadas de cadeia em países com regras rígidas.

“Além de ser um roubo, mina a credibilidade do mercado e afasta investidores, que são essenciais para o desenvolvimento da economia”, disse Valporto. “Há fortes indícios de que os investigados cometeram este crime, e, por isso, devem ser não apenas punidos pela CVM como denunciados criminalmente.”

CVM analisou as operações de venda dos papéis da Americanas pelos executivos

CVM | O mercado já esperava a ampliação do prazo das exigências | Foto: Divulgação/Governo FederalCVM | O mercado já esperava a ampliação do prazo das exigências | Foto: Divulgação/Governo Federal
Houve Uma Intensificação De Vendas De Ações Da Americanas Antes Da Divulgação Das Inconsistências Contáveis | Foto: Divulgação/Governo Federal

Depois que a crise da Americanas veio à tona, a CVM solicitou à , Bolsa de Valores do Brasil, informações sobre as operações de administradores da empresa entre o período de 2019 e 2022. A autarquia concluiu que o elevado volume de negociações “reforça a hipótese de que essas pessoas já tinham conhecimento da situação financeira”.

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Gutierrez teria negociado 171,1 milhões de ações em 2022; Saicali teria negociado 59 milhões de ações no mesmo período. A mérito de comparação, Gutierrez vendera 31 milhões em 2019, enquanto Saicali negociou 4,7 milhões em 2020.

Fonte: revistaoeste

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