O governo de Minas Gerais anunciou nesta quarta-feira, 18, intenção de privatizar a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), empresa pública de de distribuição de energia elétrica.
O projeto consiste em transformar a Cemig em uma corporação, ou seja em um modelo de empresa sem um acionista controlador definido.
Caso a estatal se torne uma corporação, o estado passaria a ser um acionista de referência com poder de veto, o chamado “golden share“. Além disso, a empresa passaria a converter o controle das ações de preferenciais para ordinárias.
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Gestão com maior capacidade de investimentos e uma menor burocracia são justificativas do governo para adoção do novo modelo para a empresa.
Segundo o governo, o modelo adotado garantirá uma capacidade de investimentos “mais profissional e instantânea” e que também “desfaz amarras burocráticas”.
Privatização da Cemig não alteraria o preço ao consumidor final
Em nota, o governo Zema defendeu que “o preço da conta de luz ao consumidor final não será alterado”. O argumento para privatização é que o valor não subiria porque a definição da tarifa de energia é da jurisprudência da agência de regulação Aneel“.
A Cemig tem um valor de mercado de cerca de R$ 30,2 bilhões, considerando o preço de das ações na Bolsa de Valores desta semana. O número de acionistas chega a quase 300 mil.
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O plano da privatização chegou a deputados estaduais na noite desta terça-feira, 17, que precisam aprovar a desestatização da empresa.
A pauta de privatização da Cemig na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) enfrenta resistência na Casa. Um dos principais pontos críticos ao projeto por parte da oposição seria a alteração dos preços aos consumidores finais.
Fonte: revistaoeste