As empresas brasileiras enfrentam um cenário econômico adverso. Ao longo dos últimos anos, um grupo conseguiu negociar com credores as dívidas acumuladas sem passar por reestruturações. No entanto, até o fim de 2024, essas companhias terão de lidar com pesados vencimentos.
Levantamento feito pela consultoria FTI, divulgado pelo jornal Valor Econômico, nesta terça-feira, 11, mostra que as dívidas a vencer das empresas brasileiras entre o fim deste ano e dezembro de 2024 chegam em R$ 100 bilhões, montante que considera apenas as dívidas de mercado de capitais. O número tem potencial de dar um salto com o débito bancário, cujo montante não foi capturado pela amostragem.
O estudo da consultoria também identificou um problema adicional: o prazo das emissões de dívidas mais recentes está mais curto.
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Com muitas empresas estranguladas e sem conseguirem uma solução de longo prazo para seus vencimentos, pressão que aumenta com os custos mais caros do serviço da dívida, a procura das companhias por processos de reestruturação tem crescido.
Empresas de olho nas dívidas
Dentre alguns desses casos estão nomes como a BRF, segundo informou o jornal. Além de ter colocado sua unidade de alimentação pet à venda, a BRF negociou um aporte com o empresário Marcos Molina, dono do Marfrig, e do fundo árabe Salic, que vão injetar juntos R$ 4,5 bilhões.
Ainda com vencimentos pesados no ano que vem estão as empresas Light, Via, Cogna, Camil, InterCement, além de Oi, que está enfrentando seu segundo pedido de recuperação judicial.
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Fonte: revistaoeste