O tamarindo é uma fruta de origem africana e com sabor que varia entre o agridoce e o ácido. Por ter fibras solúveis, é bastante usado na produção de fitoterápicos que visam diminuir a constipação. Também tem quantidades consideráveis de vitaminas A e C, antioxidantes e minerais, como cálcio, ferro, fósforo, potássio e manganês.
A seguir, veja os principais benefícios do consumo regular de tamarindo, a quantidade recomendada e as contraindicações.
1. Melhora o funcionamento do intestino
O tamarindo é rico em fibras solúveis e ajuda a combater a prisão de ventre. Esse tipo de fibra melhora o funcionamento do intestino ao aumentar o volume das fezes e favorecer a evacuação.
Além disso, o tamarindo contém substâncias laxativas, como polifenóis, que amolecem as fezes e facilitam a passagem pelo trato digestivo.
2. Controla o açúcar no sangue
O tamarindo, quando consumido regularmente e de forma moderada, controla a quantidade de açúcar no sangue. A presença de fibras solúveis na fruta retarda a absorção da glicose e evita a sua elevação no sangue após as refeições.
3. Contribui com a saciedade
O consumo de tamarindo aumenta a saciedade por conta das fibras solúveis. Elas absorvem a água e formam um gel no trato digestivo, o que retarda o esvaziamento do estômago e promove uma saciedade prolongada. Por isso, pode reduzir a fome e contribuir com a perda de peso.
Os flavonóides e polifenóis presentes na fruta também são considerados agentes de redução de peso.
É importante ressaltar que nenhum alimento sozinho emagrece. É preciso aliar o consumo com uma dieta balanceada, a prática de atividades físicas e a orientação de um especialista.
4. Melhora a saúde cardíaca
A fruta ajuda a reduzir o “colesterol ruim” do organismo (LDL), uma vez que possui antioxidantes que favorecem a sua diminuição. Além de ter fibras solúveis, que se conectam ao colesterol e aos ácidos biliares no trato digestivo, ajudando na sua eliminação do corpo.
Dessa forma, previne o surgimento de doenças cardiovasculares e promove a saúde cardíaca. Isso porque o colesterol “ruim” pode se fixar nas paredes das artérias e formar placas de gordura, o que provoca o estreitamento e aumenta o risco de infarto.
5. Tem ação anti-inflamatória
Por ter propriedades que ajudam a inibir vários processos biológicos relacionados à inflamação, o consumo de tamarindo pode contribuir com o tratamento de doenças inflamatórias.
Os polifenóis, por exemplo, são antioxidantes que têm a capacidade de neutralizar os radicais livres e reduzir a inflamação no organismo. Além disso, a fruta contém ácido hidroxicítrico e a enzima bromelina, que se destacam pela ação anti-inflamatória.
Quantidade recomendada
A recomendação é consumir cerca de 30 g por dia, já que o tamarindo é considerado um alimento calórico. Essa quantidade da fruta contém cerca de 80 kcal.
Como consumir
O tamarindo pode ser consumido in natura, mas no Brasil é comumente utilizado na preparação de doces, sucos, molhos e licores. A fruta também é utilizada para temperar carnes ou peixes.
Uma forma bastante popular de consumo é a água de tamarindo, que pode ser preparada cozinhando a polpa da fruta. A mistura deve ser coada e diluída em seguida. Algumas pessoas optam por adoçar a bebida ou acrescentar outros itens, como limão ou hortelã.
Contraindicações
O consumo de tamarindo é considerado seguro para a maioria das pessoas. No entanto, algumas podem apresentar alergia ou hipersensibilidade.
Nesses casos, é comum o surgimento de sintomas como erupções cutâneas, comichão, inflamação, sensação de ardor, tonturas e vômitos, principalmente se o alimento for consumido em excesso.
Em alguns casos, o tamarindo pode comprometer o esmalte dos dentes, que se danifica pelo componente ácido da fruta.
Pessoas quem têm problemas renais devem consumir tamarindo com moderação, pois a fruta contém potássio. Em excesso, o mineral prejudica pessoas com função renal comprometida, já que os rins danificados não conseguem excretar o potássio de forma eficiente.
Fonte: Durval Ribas Filho, nutrólogo e presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).
Fonte: uol