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Descubra por que a paçoca é a opção ideal para o pré-treino

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Bastante popular e acessível, a paçoca é um doce tradicional brasileiro feito com amendoim, açúcar e sal. Por ter carboidratos de rápida absorção, o alimento passou a ser consumido como um item pré-treino, já que proporcionaria mais energia durante a atividade física. Porém, será que é recomendado?

De forma geral, a paçoca contém proteína, que é considerada essencial para a recuperação muscular após o exercício. Além disso, a presença de carboidratos e as gorduras podem contribuir para a energia necessária durante um treino.

O problema é o excesso de açúcar, que atrapalha a dieta de quem tem o objetivo de emagrecer. “A paçoca tem a característica positiva de fornecer carboidratos e gorduras boas, oferecendo energia rápida e sustentável, além de conter proteína, vitaminas e minerais. Porém, por conter açúcar adicionado, leva a um aumento rápido de energia seguido por uma queda brusca, principalmente se o exercício for de longa duração”, destaca Débora Palos, nutricionista da Clínica Maria Fernanda Barca.

Veja abaixo os nutrientes da paçoca (30 g):

Calorias: 148 kcal

Carboidratos: 15,7 g

Proteínas: 4,8 g

Gorduras: 7,8 g

Fibras: 2,20 g

Cálcio: 6,74 mg

Sódio: 50 mg

Magnésio: 30,2 mg

Fósforo: 59,5 mg

Potássio: 104 mg

Selênio: 1,44 mcg

Vitamina E: 1,48 mg

Vitamina B6: 0,36 mg

Lembrando que a composição nutricional pode sofrer alteração entre as marcas. O ideal é verificar o rótulo do produto específico para obter informações precisas sobre os ingredientes da paçoca escolhida.

Não é considerada a melhor escolha

Não há problema em consumir uma paçoca de vez em quando. Mas, de acordo com os especialistas consultados por VivaBem, ela não é a melhor opção para quem treina, já que também é rica em gordura e açúcar.

“Em comparação com opções mais tradicionais, a paçoca pode ser mais densa em gorduras. Contém alguma quantidade de proteína, mas costuma não ser suficiente para atender completamente às necessidades proteicas dos praticantes de atividade física”, explica Isolda Prado, nutróloga da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e professora da UEA (Universidade do Estado do Amazonas).

A especialista complementa que, se consumida em excesso, a paçoca leva a uma ingestão elevada de açúcar e gorduras, o que pode causar desconforto gastrointestinal.

Além disso, se a paçoca for a única fonte de proteína consumida antes do treino, pode não fornecer proteínas em quantidade suficiente para otimizar a síntese proteica e apoiar a recuperação muscular.

“Opções mais equilibradas, que fornecem uma combinação de proteínas, carboidratos e gorduras saudáveis, são geralmente mais recomendadas para um suporte nutricional mais completo durante o treino”, diz Palos.

Portanto, é essencial considerar outros alimentos que ofereçam uma gama mais completa de nutrientes. Entre eles, estão:

ovo;

aveia,

banana;

iogurte;

barra de proteína;

pasta de amendoim;

suco de laranja ou uva integral;

açaí;

whey protein;

frutas secas.

Na dúvida do que consumir antes ou após o treino, é sempre recomendável consultar um profissional, como nutricionista, nutrólogo ou médico do esporte para obter orientações personalizadas.

Dessa forma, é possível considerar as necessidades individuais e as condições de saúde específicas do indivíduo para ter resultados mais satisfatórios.

Quanto consumir e contraindicações

Não há uma recomendação de quantidade padrão, pois isso varia de acordo com o tipo de treino, mas uma porção já é considerada bastante calórica. O ideal é consumir em quantidades moderadas para evitar o excesso de calorias.

É preferível ingerir o amendoim não processado no pré e pós-treino, pois oferece energia na forma de ácidos graxos e tem menos açúcar. Outra opção disponível é a paçoca sem açúcar. No entanto, é fundamental adicionar outra fonte de carboidratos, principalmente se for um treino de longa distância ou de alta performance. Roberta Frota Villas Boas, endocrinologista do Hospital Nove de Julho (SP)

Vale lembrar que o consumo da paçoca é considerado seguro para a maioria das pessoas. No entanto, ela deve ser ingerida com moderação por alguns grupos específicos. São eles:

pessoas com diabetes;

alérgicos ao amendoim;

quem deseja emagrecer ou restringir a quantidade de calorias ou açúcar da dieta.

Referência: TBCA (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos).

Fonte: uol

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking