Sophia @princesinhamt
Food

Entrevista com Brunna Gonçalves revela riscos de consumir carne crua regularmente.

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A ex-BBB Brunna Gonçalves, 31, contou para os seguidores que ama comer carne vermelha crua. Nesta quinta-feira (8), pelo Instagram, a dançarina publicou um vídeo comendo o alimento e disse: “Eu amo carne crua temperada. Só carne. É muito bom”.

Depois que a história repercutiu nas redes sociais, a esposa da cantora Ludmilla falou que foi ler mais sobre o assunto e se arrependeu. “Fui pesquisar e realmente faz mal. Eu nunca mais vou comer. Não comam, gente. Por favor”, disse ela.

Por que hábito é perigoso?

A carne pode ser contaminada por bactérias patogênicas em várias etapas do processo de abate dos animais e processamento da carne, ou mesmo após a saída da indústria, no comércio varejista ou no processo de preparo pelo consumidor, na manipulação e armazenamento inadequados.

E mesmo com o avanço nos processos de criação, abate e distribuição desses animais até o consumo humano, o risco de contaminação ainda existe e é preciso ter cuidados.

Por isso, ao cozinhá-las, é possível impedir a ação de micro-organismos. O processo de cocção ajuda a melhorar a qualidade microbiológica da carne, ou seja, de impedir que bactérias se multiplicam e causem algum dano à saúde.

Mesmo receitas clássicas têm seus riscos, como carpaccio, steak tartare ou quibe cru, devido à alta possibilidade de contaminação por bactérias, vírus e parasitas.

No caso dos peixes, eles são consumidos crus por uma questão cultural e de sabor. Esse tipo de carne pode conter materiais nocivos presentes no ar e no solo, que são arrastados pela chuva para rios e oceanos e acabam contaminando peixes, como poluentes industriais, toxinas biológicas, microrganismos e parasitas causadores de doenças.

Comer carne crua sempre terá riscos

Independentemente do tipo de carne a ser consumida, é importante considerar sua procedência, adquirir produtos que tenham o selo de inspeção na embalagem, checar a data de validade e observar se o alimento está em condições adequadas de armazenamento e conservação.

Caso o consumo seja feito em casa, a pessoa deve manter medidas de higiene durante o preparo para evitar a contaminação cruzada, além de garantir uma boa refrigeração.

No caso de restaurantes, procure saber se o local possui liberação da vigilância sanitária. Ao sinal de qualquer suspeita de possível contaminação como cheiro fétido, alteração de coloração e/ou presença de secreções ou líquidos não identificados, não consuma o produto.

Sempre há algum risco biológico de se consumir carnes cruas ou mal cozidas, seja qual for sua origem, características sensoriais ou procedência. Indivíduos idosos, crianças e pessoas doentes ou convalescentes não devem, em hipótese alguma, comer carne crua ou mal passadas, pois elas pertencem aos chamados grupos de risco. Luciano dos Santos Bersot, veterinário e professor da Universidade Federal do Paraná, em entrevista em outubro de 2022

Qual o perigo de comer carne crua?

Carnes cruas provenientes de fontes não seguras e contaminadas têm potencial de causar doenças graves, como:

  • Bactérias do gênero Salmonella: causam infecção alimentar e as pessoas infectadas apresentam sintomas como diarreia, febre, náuseas e distensão abdominal;

  • Bactéria Escherichia coli: provoca sintomas como febre, diarreia, dor abdominal;
  • Protozoário Toxoplasma sp: pode causar toxoplasmose, doença que, na forma grave, provoca febre, aumento dos gânglios corporais, comprometimento visual, cerebral e em outros órgãos;
  • Parasita Taenia sp: pode ocasionar verminose intestinal, doenças musculares ou cerebrais.

Como se prevenir da contaminação

A lavagem da carne não é adequada nem suficiente para eliminar os microrganismos, caso estejam presentes. Se o desejo é mesmo consumir a carne crua, é preciso observar algumas características na hora da compra:

Carne vermelha: gordura firme, cor vermelho brilhante, cheiro agradável e ter o mínimo de líquido possível.

Carnes de aves: a cor da pele varia do branco ao amarelo e a superfície deve ser brilhante e firme ao tato.

Peixe: proveniente de fonte segura e ser fresca ou devidamente conservada por métodos de congelamento ou refrigeração para não apresentar riscos à saúde.

* Com informações de reportagens publicadas em 18/03/2022 e 13/10/2022.

A ex-BBB Brunna Gonçalves, 31, contou para os seguidores que ama comer carne vermelha crua. Nesta quinta-feira (8), pelo Instagram, a dançarina publicou um vídeo comendo o alimento e disse: “Eu amo carne crua temperada. Só carne. É muito bom”.

Depois que a história repercutiu nas redes sociais, a esposa da cantora Ludmilla falou que foi ler mais sobre o assunto e se arrependeu. “Fui pesquisar e realmente faz mal. Eu nunca mais vou comer. Não comam, gente. Por favor”, disse ela.

Por que hábito é perigoso?

A carne pode ser contaminada por bactérias patogênicas em várias etapas do processo de abate dos animais e processamento da carne, ou mesmo após a saída da indústria, no comércio varejista ou no processo de preparo pelo consumidor, na manipulação e armazenamento inadequados.

E mesmo com o avanço nos processos de criação, abate e distribuição desses animais até o consumo humano, o risco de contaminação ainda existe e é preciso ter cuidados.

Por isso, ao cozinhá-las, é possível impedir a ação de micro-organismos. O processo de cocção ajuda a melhorar a qualidade microbiológica da carne, ou seja, de impedir que bactérias se multiplicam e causem algum dano à saúde.

Mesmo receitas clássicas têm seus riscos, como carpaccio, steak tartare ou quibe cru, devido à alta possibilidade de contaminação por bactérias, vírus e parasitas.

No caso dos peixes, eles são consumidos crus por uma questão cultural e de sabor. Esse tipo de carne pode conter materiais nocivos presentes no ar e no solo, que são arrastados pela chuva para rios e oceanos e acabam contaminando peixes, como poluentes industriais, toxinas biológicas, microrganismos e parasitas causadores de doenças.

Comer carne crua sempre terá riscos

Independentemente do tipo de carne a ser consumida, é importante considerar sua procedência, adquirir produtos que tenham o selo de inspeção na embalagem, checar a data de validade e observar se o alimento está em condições adequadas de armazenamento e conservação.

Caso o consumo seja feito em casa, a pessoa deve manter medidas de higiene durante o preparo para evitar a contaminação cruzada, além de garantir uma boa refrigeração.

No caso de restaurantes, procure saber se o local possui liberação da vigilância sanitária. Ao sinal de qualquer suspeita de possível contaminação como cheiro fétido, alteração de coloração e/ou presença de secreções ou líquidos não identificados, não consuma o produto.

Sempre há algum risco biológico de se consumir carnes cruas ou mal cozidas, seja qual for sua origem, características sensoriais ou procedência. Indivíduos idosos, crianças e pessoas doentes ou convalescentes não devem, em hipótese alguma, comer carne crua ou mal passadas, pois elas pertencem aos chamados grupos de risco. Luciano dos Santos Bersot, veterinário e professor da Universidade Federal do Paraná, em entrevista em outubro de 2022

Qual o perigo de comer carne crua?

Carnes cruas provenientes de fontes não seguras e contaminadas têm potencial de causar doenças graves, como:

  • Bactérias do gênero Salmonella: causam infecção alimentar e as pessoas infectadas apresentam sintomas como diarreia, febre, náuseas e distensão abdominal;

  • Bactéria Escherichia coli: provoca sintomas como febre, diarreia, dor abdominal;
  • Protozoário Toxoplasma sp: pode causar toxoplasmose, doença que, na forma grave, provoca febre, aumento dos gânglios corporais, comprometimento visual, cerebral e em outros órgãos;
  • Parasita Taenia sp: pode ocasionar verminose intestinal, doenças musculares ou cerebrais.

Como se prevenir da contaminação

A lavagem da carne não é adequada nem suficiente para eliminar os microrganismos, caso estejam presentes. Se o desejo é mesmo consumir a carne crua, é preciso observar algumas características na hora da compra:

Carne vermelha: gordura firme, cor vermelho brilhante, cheiro agradável e ter o mínimo de líquido possível.

Carnes de aves: a cor da pele varia do branco ao amarelo e a superfície deve ser brilhante e firme ao tato.

Peixe: proveniente de fonte segura e ser fresca ou devidamente conservada por métodos de congelamento ou refrigeração para não apresentar riscos à saúde.

* Com informações de reportagens publicadas em 18/03/2022 e 13/10/2022.

Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking