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Atum é eleito o sabor de pizza mais saudável por nutricionistas, descubra qual é o menos recomendado para a saúde.

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O Brasil é o segundo país que mais consome pizza no mundo —sim, produzimos um milhão de pizzas por dia—, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Com tantas opções disponíveis, é importante fazer escolhas equilibradas.

A pedido de VivaBem, três nutricionistas elaboraram uma lista com os sabores de pizza, do melhor para o pior, levando em conta os benefícios e malefícios para a saúde. Confira a lista:

1º. Atum

Com a combinação de atum, molho de tomate, cebola e, em algumas versões, muçarela, a pizza de atum é considerada a melhor devido ao seu equilíbrio nutricional. Isso porque o atum é fonte de proteína magra, rica em (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)ômega 3 e selênio, que tem ação anti-inflamatória e antioxidante, atua na diminuição dos níveis de colesterol e triglicérides, na melhora da imunidade e tem fácil digestão.

Devido à presença de fibras na cebola, a farinha da massa é absorvida de forma lenta e gradual. Já o molho de tomate natural contém licopeno, substância bioativa com atividade anti-inflamatória para a saúde da pele e do sistema da próstata. Por ser uma pizza menos calórica, pode ser incluída na dieta de quem busca o emagrecimento.

2º. Escarola

pizza de escarola - iStock - iStock
Imagem: iStock

Feita com escarola refogada, muçarela e orégano, o maior benefício desse sabor está no fato de a verdura ser rica em vitaminas A, do complexo B, C, além dos minerais cálcio, ferro, potássio, fósforo, magnésio, selênio e zinco. Ela ainda tem alto teor em fibras solúveis, principalmente a inulina, que tem efeito prebiótico, ou seja, serve de nutriente para as bactérias do intestino.

3º. Frango com milho

pizza de frango com milho - iStock - iStock
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O peito de frango é uma carne com pouca gordura e é fonte proteica, o que reduz a velocidade o carboidrato da massa é absorvido, e auxilia na construção e manutenção da massa muscular.

O milho é um integral que possui boa quantidade de fibras, dando uma maior saciedade, além de conter uma dupla de carotenoides (luteína e zeaxantina) que possuem ação antioxidante e protegem as células da retina. Também tem vitaminas do complexo B, além de sais minerais como ferro, fósforo, potássio e zinco.

4º. Rúcula

pizza de rúcula - iStock - iStock
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A rúcula é fonte de carotenoides (precursores de vitamina A), contribuindo com a saúde ocular. Vale lembrar que a vitamina A não é produzida pelo corpo humano, por isso devemos obtê-la por meio do consumo de alimentos que possuam o nutriente. Nos vegetais, essa vitamina é encontrada nas folhas verdes, como rúcula, brócolis, espinafre e couve.

Ela ainda tem vitamina C, que fortalece o sistema imunológico, contém vários nutrientes essenciais para a saúde óssea, incluindo cálcio e vitamina K —esta última ainda desempenha um papel importante na saúde cardíaca e diminui a mortalidade cardiovascular.

O sabor amargo da hortaliça ocorre devido ao enxofre, ou sulforafano, que a prevenir inflamações no intestino e facilita o processo digestivo em pessoas que sofrem com excesso de acidez no estômago.

Outro ingrediente presente nesse sabor de pizza é o tomate seco, que possui licopeno, um potente antioxidante relacionado a uma menor incidência de câncer de próstata.

5º. Marguerita

pizza de marguerita - iStock - iStock
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À base de queijo, tomate e manjericão, a pizza de marguerita possui naturalmente menos calorias quando comparada aos sabores tradicionais, porque tem poucos ingredientes e ausência de ultraprocessados.

O manjericão possui efeito digestivo, reduzindo a de empanzinamento, e também contribui para a sensibilidade à insulina. O eugenol, óleo que dá à erva seu aroma característico, tem poder antioxidante e vasorelaxante, com efeitos positivos sobre a pressão arterial. A planta ainda tem alta concentração de vitamina A, cujas propriedades são benéficas à saúde ocular, à pele e à manutenção do sistema imunológico.

Quando aquecido, o tomate deixa o licopeno na sua forma mais ativa. O carotenoide ajuda a baixar o colesterol “ruim” (LDL) e o estresse oxidativo, contribui na proteção da pele e ainda tem relação com a redução do risco de câncer de próstata.

Já o queijo é fonte de proteínas e gorduras que auxiliam no equilíbrio nutricional da preparação.

6º. Muçarela

pizza de muçarela - iStock - iStock
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Pizza clássica da mesa do brasileiro, tem como principal ingrediente a muçarela, que contém cálcio e vitamina B12, sendo esta última uma coenzima necessária para a multiplicação das células, o metabolismo das células reprodutivas, proteção dos nervos, sintetização do DNA (material genético), produção de neurotransmissores e energia.

Por ser menos recheada, entretanto, as pessoas tendem a comer mais e podem acabar exagerando nas calorias. Mas se for consumida com moderação, pode ser uma boa pedida.

7º. Quatro queijos

pizza de quatro queijos - iStock - iStock
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Com quatro tipos diferentes de queijos —geralmente muçarela, gorgonzola e/ou catupiry, provolone e parmesão—, essa pizza tem fontes complementares de proteína e é rica em cálcio, que contribui para a saúde óssea. Mas os ingredientes também trazem a mesma proporção de gordura, o que torna a pizza calórica e pode favorecer o ganho de peso.

8º. Portuguesa

pizza portuguesa - iStock - iStock
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Fonte de proteínas por conter queijo, ovos e ervilhas, a pizza de portuguesa aparece na oitava posição devido ao perigo no consumo de (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)embutidos, como o presunto, que leva nitrito e nitrato de só para ser conservado. O uso dessas substâncias é preocupante em decorrência dos efeitos carcinógenos e de mudanças que ocorrem no material genético. Para se ter uma ideia, o consumo de 50 gramas de embutido —o que equivale a 2,5 fatias de presunto, por exemplo— aumenta em 18% o risco de câncer colorretal.

9º. Brasileira

pizza brasileiro - iStock - iStock
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É considerada uma refeição em cima de uma pizza, por conter todos os grupos alimentares: o carboidrato vem da massa e do milho, a proteína é representada pelo queijo e o presunto, a leguminosa pela ervilha, e os vegetais por meio do tomate, palmito e manjericão. Mesmo sendo completa e bem recheada, a brasileira ocupa a penúltima posição devido à presença do presunto, que entra na categoria de embutidos.

Além disso, é uma pizza com gordura saturada e possui alto teor de sódio, que pode desequilibrar os líquidos corporais e causar inchaço.

10º. Calabresa

Pizza de calabresa - iStock - iStock
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Apesar de ser uma das pizzas mais consumidas pelos brasileiros, ela é considerada a pior devido ao baixo valor nutricional e por ter ingrediente ultraprocessado: a calabresa. Assim como todos os embutidos, ela prejudica a saúde intestinal, aumenta o risco de desenvolvimento de câncer, principalmente o colorretal, e pode gerar transtornos neurológicos, que vão desde uma leve dor de cabeça até a piora de quadros depressivos. Seu consumo deve ser evitado.

Atenção às bordas recheadas e pizzas doces

A grande questão envolvendo as bordas recheadas com cheddar e catupiry é que se tratam de ingredientes com “caloria vazia”, ou seja, ofertam muita caloria a partir de gorduras e carboidratos sem qualidade e sem contribuírem com micronutrientes interessantes para a saúde, como as vitaminas e os minerais.

Um outro aspecto é que esses dois ingredientes preferidos para as bordas trazem alto teor de gorduras saturadas, além do recomendado para o consumo humano, e contribuem para aumentar a inflamação do organismo.

Vale ressaltar que o cheddar e catupiry utilizados nas pizzas não são os caseiros nem originais, e sim versões ultraprocessadas. Nessas preparações, o cheddar usado é um queijo cremoso com adição de amido modificado, corante e aromatizante. O catupiry é um queijo feito à base de creme de leite e queijo.

Também deve se atentar quem gosta de pizza doce como sobremesa. A quantidade de calorias costuma dobrar quando comparada às opções salgadas, por causa das coberturas de chocolate, leite condensado, goiabada, doce de leite, entre outros, que contêm uma alta quantidade de açúcares, nada de proteína e baixo teor de vitamínico.

O grande problema de se consumir muito açúcar de uma só vez é o grande estímulo que causa sobre a insulina, hormônio responsável por fazer as células captarem o açúcar que chega. Se fizermos esse estímulo com frequência, perdemos a sensibilidade a esse hormônio. Uma pessoa menos sensível à insulina tem um risco maior de acumular gordura e ganhar peso, ter menor disposição e maior risco de doenças crônicas, como diabetes.

Fontes: Lara Gabriela Cerqueira, nutricionista especializada em fitoterapia e em nutrição esportiva funcional, co-autora do livro “Tratado de Nutrição Esportiva Funcional – 2ª Edição”, professora na Faculdade da Santa Casa da Bahia); Adriana Micaela, nutricionista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e pós-graduada em nutrição clínica funcional, nutrição materno infantil e nutrição esportiva; Verônica Laino, nutricionista formada pela USP, pós-graduada em nutrição clínica funcional e nutrição esportiva funcional, colunista de VivaBem.

Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking