Falta muito pouco para o ano acabar. Para os fãs de uma boa trama de suspense isso também quer dizer que a espera por Olhar Indiscreto está chegando ao fim, já que a minissérie nacional desembarca no catálogo da Netflix em 1º de janeiro.
A trama acompanha Miranda (Débora Nascimento), uma voyeur incontrolável e uma hacker extremamente habilidosa que passa os dias observando, pela janela, a rotina de Cléo (Emanuelle Araujo), uma prostituta de luxo moradora do prédio em frente.
Certo dia, Cléo bate em sua porta e pede que Miranda cuide de seu cachorro enquanto faz uma viagem. É aí que a hacker se envolve com dois homens em um perigoso triângulo amoroso, se permite viver seus desejos mais íntimos e vê seu destino mudar para sempre. Mas, como em todo bom thriller, as coisas não são exatamente como parecem ser.
Nas últimas semanas, o AdoroCinema participou de um evento especial da série, com a presença das protagonistas e da diretora geral Luciana Oliveira. Na ocasião, além de Débora revelar as suas incursões pelos universos dos hackers e do voyeurismo, Emanuelle também compartilhou suas experiências ao dar vida à misteriosa Cléo.
A atriz detalhou sua experiência ao descobrir como interpretaria sua enigmática personagem, “uma mulher muito complexa”, em suas palavras. “Sempre pensei que esse universo da prostituição é um universo que a gente estereotipa muito, mas a maioria das mulheres que são prostitutas ou que vivem de sexo são mulheres normais, com comportamento absolutamente comum”, explica. “Não necessariamente precisa ter toda aquela visão que já temos, pintadinha como se fosse um quadro. Pensei muito nisso.”
Ela continua: “É uma das personagens mais interessantes que eu já fiz na minha carreira porque ainda nesse lugar da prostituição existe uma coisa da liberdade do corpo feminino – e isso era muito importante para mim, independente do físico, de estar pelada ou não”, revelou a atriz.
Emanuelle ressalta a importância de interpretar essa personagem sem amarras, que sabe o que quer, que está bem consigo mesma e com sua sexualidade. “Eu falo de uma de uma liberdade que vem de dentro mesmo. Ela é uma mulher absolutamente bem resolvida com a sua sexualidade, e claro que a gente estudou muito BDSM. É uma mulher que entende muito desse universo sexual, [que encara] todos os parâmetros de uma forma muito natural.”
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Assim como Débora, a atriz participou de workshops sobre a temática, além de realizar uma pesquisa própria para Olhar Indiscreto. “Para quem vive isso intensamente, isso não é nenhum grande lance, é simplesmente uma cultura de sexo. Então, mergulhando nessa cultura do sexo – porque para a Cléo isso é fichinha – uma gavetinha se abre”, destaca. ‘Estudei bastante sobre isso, até porque ela é uma mulher que domina esse universo profundamente, mas sempre buscando trazer isso para ela como algo que fosse comum dentro de sua rotina”.
Apesar das características básicas de Cléo serem teoricamente evidentes no início da trama, Emanuelle reforça o quão complexa a personagem é. Ela ainda alerta ao público: “Outras camadas virão, vocês vão assistir. Além dessa primeira questão de Cléo ser uma prostituta, acho que ela é uma mulher de camadas complexas, muito fortes, muito duras.”
A jornada de Cléo e Miranda poderá ser maratonada em poucos dias. Olhar Indiscreto chega ao catálogo da Netflix em 1º de janeiro.
Fonte: adorocinema
