Christopher Nolan é um dos diretores com melhor mão para o gênero de ficção científica. Ele tem tantos fãs quanto ‘haters’, mas ninguém pode negar que ele tem propostas muito interessantes para o gênero e que se destacou com sucessos. Interestellar (2014), A Origem (2010) ou a trilogia do Batman são grandes filmes que colocaram o diretor como referência.
Por isso é sempre interessante dar uma olhada nas influências que ele exerce em sua obra. Se você é fã do cinema de Nolan, certamente também gostará dos filmes que ajudaram a moldar suas histórias. De todos eles, existem vários que se destacam sobre os outros e Blade Runner (1982) é um deles .
Nolan aponta Ridley Scott como um dos diretores que ele admira e vários de seus filmes foram fundamentais em sua formação cinematográfica. “Sempre fui um grande fã de Ridley Scott, mesmo quando era criança. Alien e Blade Runner me impressionaram porque criaram mundos extraordinários que me imergiram completamente neles ”, diz ele.
Não é a primeira vez que ele cita o inesquecível longa Blade Runner como um de seus favoritos. Em entrevista à Entertainment Weekly , o cineasta diz que é um marco.
Acho que sempre que você dá uma olhada em filmes de ficção científica, há alguns pilares. ‘Metrópole’. ‘BladeRunner’. ‘2001’. Sempre que você fala em deixar o planeta, 2001 é uma inevitabilidade. Mas há apenas um 2001. Então você não quer chegar muito perto dele.
Blade Runner tem três versões: a que chegou aos cinemas, a versão do diretor e a versão final. A preferida de muitos fãs é a montagem final, aquela em que o envolvimento de Ridley Scott é maior. Mas para Nolan o melhor é aquele que chegou aos cinemas, o mesmo que Scott odeia. Em entrevista ao podcast Happy Sad Confused, ele explicou que tinha visto o filme “literalmente centenas de vezes” e chegou à conclusão de que era “a melhor versão” .
Blade Runner foi mal interpretado
Warner Bros.
É muito estranho falar de Blade Runner hoje como um filme de ficção científica subestimado, mas foi. Poucos críticos, após sua estreia em 1982, elogiaram a proposta de Scott. A maioria criticou por focar demais nos efeitos especiais e deixar o roteiro de lado.
Por exemplo, Leonard Maltin, da Los Angeles Film Critics Association, disse que tinha “um roteiro confuso e personagens principais pouco atraentes” . Enquanto a crítica do The New York Times, Janet Maslin, chamou isso de “desastre“. Segundo ela, não há nada que seja explicado de forma “coerente”. Pat Berman, do The State and Columbia record, chamou isso de “pornografia de ficção científica” .
Alguns ousaram dizer que Blade Runner resistiria muito bem ao teste do tempo. A revista Ares acertou: “Incompreendido pelo público e pela crítica, é de longe o melhor filme de ficção científica do ano.” O tempo, claro, mostrou a verdade.
Fonte: adorocinema
