está focado na campanha do Oscar de , mas também tirou um tempo para promover o relançamento de nos cinemas americanos. O diretor reconhece que é plausível que alguns espectadores tenham ficado frustrados e chegou a admitir que nem ele conseguia entender tudo, mas agora deu uma explicação bem clara que qualquer um pode compreender.
Em uma entrevista ao apresentador Reece Feldman, Nolan se mostrou aberto a explicar como funciona o mecanismo narrativo usado no filme, que muitos acabam associando ao recurso clássico da viagem no tempo. Porém, o diretor de enfatizou que é mais elaborado que isso:
“Tenet não é um filme de viagem no tempo de forma convencional. É um filme sobre a direção do tempo, algo que se define pela entropia. Todas as leis da física são simétricas, são as mesmas independentemente da direção do tempo, com exceção da entropia”.
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O cineasta prosseguiu, utilizando pipocas para demonstrar seu argumento, justificando que as máquinas de Tenet não servem para ir ou voltar no tempo. Ao invés do padrão que estamos acostumados em outras produções de ficção científica, os aparelhos fazem com que as linhas temporais se sobreponham, avançando e retrocedendo simultaneamente.
Christopher Nolan “escondeu” a explicação de Tenet no próprio título do filme
Warner Bros. Pictures
Nolan usa o conceito da física para guiar o longa-metragem para aproximar o máximo possível. Ainda que não existam máquinas capazes de modificar a entropia, as teorias descrevem como isso poderia acontecer:
“Há um debate no mundo da física sobre se a entropia define a direção do tempo ou simplesmente a mostra, se é a causa ou a consequência. Tenet assume a ideia de que a entropia é a causa. (…) Na cena em que o protagonista segura sua mão e a bala invertida salta em direção a sua mão, você fez isso acontecer, não importa o que aconteça. Isso acontece porque sua entropia foi invertida”, exemplifica.
O diretor ainda complementa a “aula” mostrando que o próprio título do filme demonstra o fio condutor da trama. Assim como as linhas temporais que se cruzam, “Tenet” é um palíndromo. Isso significa que a palavra pode ser compreendida da mesma forma independente do sentido de leitura, como “arara”, por exemplo.
No , a atriz , de , mostrou que entendeu a base conceitual da obra de Nolan ao ser questionada sobre o que diria a sua versão do passado, caso a encontrasse:
“Eu não diria nada a ela, por causa das regras da viagem no tempo. Nunca fui visitada por mim mesmo no futuro, então se isso acontecesse comigo, eu não tomaria as decisões que tomei. É a lógica de Tenet”, declarou ao Access Hollywood.
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Fonte: adorocinema
