Em 1999, Gwyneth Paltrow venceu o Oscar de Melhor Atriz por seu papel em Shakespeare Apaixonado, em uma disputa que contava com outros grandes nomes como Cate Blanchett (Elizabeth), Emily Watson (Hillary e Jackie), Meryl Streep (Um Amor Verdadeiro) e Fernanda Montenegro (Central do Brasil).
A vitória, no entanto, foi mais assustadora do que proveitosa, de acordo com a própria Gwyneth Paltrow. Em episódio recente do podcast “Call Her Daddy”, a atriz contou que vencer o Oscar em 1999, aos 26 anos, a levou a ter crises de identidade.
“Depois que ganhei o Oscar, isso me colocou em uma espécie de crise de identidade, porque se você ganha o maior prêmio, como o que você deve fazer? E para onde você deveria ir?”
Foi difícil a quantidade de atenção que você recebe em uma noite como aquela e nas semanas seguintes, é tão desorientador. Não que eu fosse devolver ou algo assim, foi uma experiência incrível, mas meio que colocou muitas coisas em questão para mim.
Um dos piores momentos de sua vitória, no entanto, foi a consequência de seu discurso. Ao agradecer os pais, Blythe Danner e Bruce Paltrow, ela começou a chorar e a imprensa a perseguiu por expor as emoções no palco. O que não sabiam era que, na época, seu pai estava com câncer — e chegou a falecer em 2002.
“Ele estava realmente debilitado. Foi apenas um momento totalmente avassalador. E, você sabe, eu tinha 26 anos. Chorei e as pessoas foram tão más com isso e pensei: ‘Uau, essa grande mudança de energia está acontecendo. Acho que vou ter que aprender a ser menos sincera e muito mais protetora comigo mesmo e filtrar melhor as pessoas.’”
Paltrow acrescentou: “Lembro que estava trabalhando na Inglaterra… e lembro que a imprensa britânica foi tão horrível comigo porque eu chorei. E eles não necessariamente sabiam que meu pai estava morrendo de câncer.”
Fonte: adorocinema