Quem foi uma criança dos anos 2000 e assistia à Sessão da Tarde com frequência certamente lembra de Tainá: Uma Aventura na Amazônia. O filme infantojuvenil, dirigido por Sérgio Bloch e Tania Lamarca, conta a história de uma pequena menina indígena chamada Tainá, de oito anos de idade, que vive com seu avô Tigê e cresceu ouvindo lendas sobre seu povo.
Um dia, ela conhece o macaco Catu ao salvá-lo das garras de Shoba, um traficante de animais. Perseguida pela quadrilha, ela foge e acaba conhecendo a bióloga Isabel e seu filho Joninho, um menino de dez anos que mora a contragosto na área florestal. Juntos, Tainá e o garoto aprendem a lidar com os valores destes dois mundos: o da selva e o da cidade.
A protagonista Tainá foi interpretada por Eunice Baía, indígena do povo Baré que na época do lançamento do filme tinha nove anos. A atriz, que inicialmente disputou com outras 3000 crianças para o papel, também estrelou a sequência Tainá 2: A Aventura Continua. Já no terceiro longa-metragem da saga, foi substituída por Wiranu Tembé, já que a história de 2011 recontava a trajetória da pequena menina indígena durante a infância.
Atualmente, aos 32 anos de idade, Eunice Baía trabalha como coordenadora de figurino e, formada como estilista, criou sua própria marca de arte indígena chamada Oka. Como atriz, sua carreira nos cinemas continua, sendo o curta-metragem Trovão Sem Chuva seu projeto mais recente.
Em entrevista ao G1, em 2021, revelou: “Ser designer de moda era um sonho que se tornou realidade. Hoje posso dizer que me encontrei no figurino de teatro. Sou coordenadora de figurino do balé de São Paulo e amo o meu trabalho. Na pandemia paramos e fomos voltando aos poucos com projetos on-line.”
Na esfera de sua vida pessoal, Baía realizou o sonho de ser mãe após o nascimento de Antonio e seu segundo filho Aruã. Uma terceira gravidez ainda está nos planos da atriz. “Meu desejo era ter muitos, igual minha mãe com 9. Mas sei como são as coisas e a realidade né? Manter uma família é muito pesado, mas satisfatório. Quero três filhos pelo menos. Aruã foi planejado e veio no tempo certinho. É um nome indígena, que quer dizer calmo. É um rio no Pará.”
Fonte: adorocinema