A obra de Stephen King não é fácil de adaptar para a linguagem audiovisual. Fica ainda mais difícil quando transformada pelo cineasta errado, sem o tempo devido e com um baixo orçamento. Como resultado, temos versões bizarras de um material promissor, que acabam desapontando os milhões de fãs do escritor espalhados pelo mundo.
Desta forma, o AdoroCinema separou 10 produções saídas das obras de King que tiveram um resultado, digamos… assustador (em um mau sentido). Desde Às Vezes Eles Voltam até O Apanhador de Sonhos, confira abaixo estas horripilantes versões:
Boogeyman: Terror baseado no conto de Stephen King ganha trailer perturbador
Mangler, O Grito de Terror (1995)
é um cineasta que adaptou diversas obras de Stephen King – e errou a mão em todas elas. O que torna The Mangler tão insólito é sua indigesta salada de possessão demoníaca, reencarnação, uma versão robotizada do e uma máquina de passar roupa assassina em computação gráfica tosca. Bizarria pouca é bobagem!
Comboio do Terror (1986)
Stephen King transformou a chance de dirigir e roteirizar seu próprio filme em uma das adaptações mais toscas de sua obra. A soma de uma premissa absurda a um gore desmedido, elenco esquisito, sequências nada corretas (com direito a infanticídio!) e AC/DC na trilha sonora é promissoramente divertida, mas é apenas repetitivo, bobo e nada inspirado.
Às Vezes Eles Voltam (1991)
Um problema recorrente das adaptações de Stephen King — especialmente as televisivas — são um orçamento aquém da imaginação do autor. A história de um professor perturbado pelo fantasmas dos valentões que o atormentavam durante a juventude é um desses casos que funcionam muito melhor nas páginas. A versão para a TV, além de desconhecida, não tem apuro, imaginação ou personalidade.
O Iluminado (Minissérie/1997)
Stephen King tanto reclamou da adaptação imprecisa de que ganhou uma minissérie fiel, porém, assustadora apenas em sua precariedade.
(grave esse nome) tomou nota das insatisfações do escritor sobre o clássico de 1980 e mergulhou O Iluminado em um melodrama mais barato que a maquiagem, o CGI e rigorosamente toda a parte técnica do show.
Carrie, a Estranha (2002)
teve a audácia de adaptar um clássico dirigido por uma lenda (no caso, ), e também fracassou.
A história é contada pelo ponto de vista de Sue Snell, que admite para um detetive cético que sequestrou Carrie no intuito de se divertir com os poderes telecinéticos da amiga. Uma premissa bizarra que supera como refilmagem inútil.
A Metade Negra (1993)
tanto tentou adaptar Stephen King que, quando conseguiu, pegou uma obra de segunda linha – transformada em um filme de terceira.
desperdiça talentos, como , em um longa ao mesmo tempo arrastado e que não desenvolve bem a sua trama. Além disso, não consegue convencer na alternância entre um escritor e seu pseudônimo assassino.
A Criatura do Cemitério (1990)
Stephen King é bem tolerante às adaptações ruins de sua obra — talvez por isso elas sejam tantas. Mesmo assim, ele admite que Graveyard Shift (sobre uma infestação de ratos, liderados por uma rata-rainha, no porão de um farol) é um exploitation desenvolvido sem apuro e cujo resultado é “yuck”, nojento. Mais um caso de péssima representação visual da imaginação do escritor.
A Maldição (1996)
Um advogador gordo atropela uma cigana velha e é amaldiçoado com a perda de peso… até a morte. A maldição não pode ser revertida, mas transferida, por uma torta de morango, que ele oferece à esposa adúltera — mas quem acaba comendo é a filha.
Enfim, uma premissa que poderia conter um subtexto crítico interessante e plural, se perde em sua indecisão entre fazer humor ou horror.
O Apanhador de Sonhos (2003)
O próprio Stephen King não gosta de seu livro original, o primeiro após um acidente automobilístico em 1999 – e escrito sob efeito de analgésicos.
Apesar disso, () agrava esse material questionável com toda sorte de decisões visuais e narrativas ruins, um desfecho horrível e contribuindo para uma das piores atuações e caracterizações da vida de Morgan Freeman.
Montado na Bala (2004)
Mick Garris não tinha muito o que fazer aqui, pois se trata de uma obra menor, realizada em um momento de experimentação. Sendo assim, por que adaptar? E por que transformar em um longa-metragem de excruciantes 100 minutos?
Enquanto a atuação de porta um tanto de magnetismo e interesse, a pretensão do texto em tecer comentários sobre morte e mortalidade só dá vontade de morrer.
Bônus: Sonâmbulos (1992)
Esse clássico do SBT tem a assinatura de Stephen King de modo diferente, como autor do roteiro original. O texto tem a marca de seus livros: o conceito absurdo. Contudo, aqui, sem apelo ou credibilidade.
A história incestuosa de um híbrido de lobisomen e vampiro que se alimenta de virgens e cuja mãe precisa transar com o filho para sobreviver é apenas ridícula. “E o diretor?” Ele mesmo, Mick Garris.
Fonte: adorocinema