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Ciência & Saúde

Pesquisa revela: Predadores solitários são os mais letais

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A união faz a força? Para os seres humanos, talvez sim. Mas um novo estudo mostra que o ditado deveria ser diferente para os superpredadores (aqueles que estão no topo de uma cadeia alimentar).

Caçadores solitários, como ursos, tigres e o lince euro-asiático, matam mais per capita do que animais que caçam em grupo, como leões e lobos. Além disso, a pesquisa mostrou que espécies predadoras menores, como guepardos e pumas, muitas vezes precisam matar mais presas do que a média – porque carnívoros dominantes podem roubar sua caça.

A pesquisa conduzida pela Universidade de Cambridge e publicada na Biological Reviews fez uma revisão sistemática de 196 artigos de 27 países diferentes, de todos os continentes, sobre o comportamento predatório de grandes carnívoros terrestres.

O que é um grande carnívoro terrestre? O estudo considerou animais carnívoros com mais de 15 kg. As exceções para essa categoria de peso foram o coiote, o glutão (também conhecido como wolverine), a fossa (de Madagascar) e o diabo-da-tasmânia. Apesar de serem pequenos, eles são considerados superpredadores em certos contextos. 

O foco dos cientistas estava na quantidade de presas mortas no decorrer do tempo, para entender o impacto dos superpredadores nos ecossistemas. 17 das 31 espécies já tinham as estimativas publicadas em outros estudos. Para as 14 restantes, os pesquisadores calcularam com base nos dados dos artigos.

Prós e contras

A estrutura social e as estratégias de caça definem o nível de sucesso de uma espécie de predadores. Um lobo-cinzento médio, que caça em grupo, mata uma presa a cada 27 dias, enquanto o lince euro-asiático mata uma vez a cada quatro dias.

Não é de todo ruim fazer parte de um grupo. Fica mais fácil matar outros animais grandes, como um bisão, que podem alimentar a comunidade por mais tempo.

Carnívoros menores, como guepardos e pumas, podem até caçar mais, mas por gula: eles consomem só metade do que matam. Isso provavelmente acontece para compensar o roubo de comida realizado pelos predadores maiores.

Os estudos de taxa de caça analisados mostram uma desigualdade na pesquisa sobre o assunto: mais de 55% deles foram conduzidos na América do Norte, enquanto só 7% aconteceram na Ásia, o maior continente do mundo.

Vários desses animais têm papéis essenciais em seus ecossistemas, mas também estão entre as espécies mais ameaçadas de extinção do mundo. Até esses superpredadores sofrem com o maior predador de todos: os humanos.

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Fonte: abril

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