📝RESUMO DA MATÉRIA

  • A PNAS publicou um estudo que liga o consumo de aspartame à ansiedade, e ainda pior, descobriu que mudanças na saúde mental foram passadas para as próximas gerações
  • Quando o aspartame é consumido, ele se transforma em ácido aspártico, fenilalanina — um precursor dos neurotransmissores monoamina — e metanol, que pode ter efeitos “potentes” no sistema nervoso central
  • A pesquisa foi feita envolvendo camundongos ingerindo água com doses de aspartame, equivalentes a 15% da dosagem máxima diária de ingestão da FDA. O que equivale a um humano bebendo de seis a oito copos de 250ml de refrigerante diet por dia
  • Após o estudo das alterações epigenéticas causadas pela nicotina nas células espermáticas, surgiu o estudo, sugerindo que um efeito similar pode estar acontecendo com o aspartame
  • Impressionantes descobertas sobre produtos que contenham aspartame alertam para o motivo de jogar produtos que contenham esse componente para fora da sua dispensa

🩺Por Dr. Mercola

Encontrado em cerca de 5.000 alimentos e bebidas atualmente, a Food and Drug Administration dos EUA aprovou o aspartame em 1981. Todos os anos, gestantes, crianças e adultos consomem uma quantidade de aspartame que alcança o assustador número de 3.000 a 5.000 litros anualmente. Embora tenha se criado a crença de que trocar o açúcar pelo adoçante seja mais saudável, a realidade é exatamente o oposto.

O aspartame demonstra efeitos nocivos não apenas aos consumidores primários, como também as várias gerações seguintes. Impressionantes descobertas sobre produtos que contenham aspartame alertam para o motivo de jogar produtos que contenham esse componente para fora da sua dispensa.

O Aspartame pode ser o grande vilão que está criando futuras gerações de ansiosos

Nos EUA 31,1% dos adultos sofrem de transtornos ansiosos. Um dos fatores que desencadeiam a ansiedade é a dieta — incluindo o aspartame, afetando praticamente 1 entre 3 pessoas. Segundo observaram pesquisadores da Faculdade de Medicina da Florida State University (FSU), quando você consome aspartame, ele se transforma em ácido aspártico, fenilalanina, um precursor dos neurotransmissores monoamina e metanol, que pode ter efeitos fortíssimos no sistema nervoso central.

Um estudo publicado na PNAS ligou o consumo de aspartame à ansiedade e, pior ainda, descobriu que as mudanças na saúde mental foram transmitidas às gerações futuras. O valor de ingestão diária máxima recomendada pela FDA para o aspartame é de 50 miligramas por quilograma. O estudo FSU envolveu camundongos bebendo água que continha aspartame em uma dosagem cerca de 15% da ingestão diária máxima do FDA para humanos.

A dose foi equivalente a um consumo humano de 6 a 8 latas de 8 onças (226 gramas) de refrigerante diet por dia. Os camundongos consumiram a água com aspartame por 12 semanas, causando uma “ansiedade forte e dependente da dose.” “Era um traço de ansiedade tão robusto que eu não acho que nenhum de nós esperava que veríamos,” disse a autora do estudo, Sara Jones. “Foi de fato inesperado. Em geral você observa mudanças sutis.”

As pesquisas sobre nicotina são a base dos estudos sobre a periculosidade geracional do aspartame

O estudo surgiu após a equipe de pesquisa analisar os efeitos trans geracionais da nicotina, revelando mudanças epigenéticas nas células espermáticas. As mudanças na expressão genética são chamadas epigenética. Mesmo que se mantenha o gene sem alterações, as mudanças epigenéticas podem ser expressivas. O aprendizado através do Science Alert:

Mudanças epigenéticas afetam a função normal da sequência de DNA, como, por exemplo, impedindo a transcrição ou deixando-a exposta quando deveria estar escondida — em suma, controlando como o gene trabalha no organismo.

As mudanças epigenéticas, na maior parte dos casos, envolvem o acréscimo do grupo metil (um carbono junto a três hidrogênios) no DNA: a mudança da proteína histona mantém o DNA firmemente embalado; ou utiliza partes de RNA não-codificados para mudar como o gene é lido.

O mais alarmante são alterações na expressão genética que podem afetar as células sexuais, que podem, assim, transferir para as futuras gerações. “Significa que o estilo de vida pode interferir a longo prazo nos genes, influenciando não apenas a vida do indivíduo posteriormente, como passando as configurações de controle do gene para as próximas proles, por meio de células sexuais prejudicadas”, explicou o Science Alert.

Adoçantes artificiais podem estar causando efeitos similares. O autor adjunto da pesquisa, Pradeep Bhide, Jim e Betty Ann Rodgers Eminent Scholar Chair of Developmental Neuroscience no Departamento de Ciências Biomédicas, aclarou: “nós trabalhamos sobre os efeitos da nicotina com o mesmo tipo de modelo base. O pai fumante. O que acontece com a criança?” Ele acrescentou:

“A pesquisa está demonstrando que quando observando os fatores ambientais, o que vemos hoje, não é apenas o que está acontecendo agora, mas o que houve duas gerações atrás ou até antes.”

Efeitos cerebrais do aspartame nas últimas duas gerações

Na pesquisa, camundongos expostos ao aspartame apresentaram alterações nos genes reguladores de excitação e inibição na amídala, região cerebral que, entre outras funções, regula a ansiedade e o medo. Duas gerações de camundongos expostos ao aspartame também demonstraram alterações.

Quando tratados com o ansiolítico diazepam, o comportamento ansioso parou. Os caminhos cerebrais afetados pelo aspartame são os mesmos regulados pela droga. A equipe explicou, mediante escrita no PNAS:

“Os dados do diazepam junto a expressão gênica demonstrou que a ingestão do aspartame mudou o equilíbrio de excitação-inibição da amídala para excitação. O comportamento parecido à ansiedade, sua resposta ao diazepam e as alterações na expressão do gene da amígdala foram passados aos descendentes masculinos e femininos em duas gerações descendentes dos machos expostos ao aspartame, de forma impressionante.”

A toxicidade do aspartame no sistema neurológico vem sendo documentada por anos. Em 2017, uma pesquisa pulicada pela Nutritional Neuroscience demonstrou os sintomas neurofisiológicos ligados ao aspartame;

Dores de cabeça

Convulsões

Enxaquecas

Humor irritadiço

Ansiedade

Depressão

Insônia

O consumo do aspartame pode causar o aumento de fenilalanina e ácido aspártico no cérebro. Isto afeta os neurotransmissores, como dopamina, noradrenalina e serotonina, os quais regulam as atividades neurofisiológicas. Como descrito pela equipe, o aspartame é um estressor químico que aumenta o cortisol e a produção de radicais livres.

“Com a elevação de radicais livres e cortisol, o cérebro fica vulnerável ao estresse oxidativo que podem ter efeitos maléficos na saúde neuro comportamental,” eles notaram. Levando em conta as descobertas apresentadas nas pesquisas da PNAS, os efeitos do aspartame nas gerações posteriores podem ser muito maiores do que os que são percebidos atualmente. Segundo pesquisas da PNAS:

“Mesmo em doses abaixo das recomendadas para consumo mínimo sugeridas pela FDA a ingestão de aspartame pode causar alterações no comportamento neural dos indivíduos que o consomem e seus descendentes. É o que sugere a exploração das descobertas em humanos. A população humana em risco de problemas de saúde mental do aspartame pode ser muito maior que o esperado atualmente, sendo apenas os indivíduos que consomem do produto.”

OMS: Para o emagrecimento não consuma adoçantes artificiais

Muitas pessoas associam o adoçante artificial, que não é calórico, com o auxílio na perda de peso. Porém, uma revisão aprofundada com coleta de dados conduzida pela OMS demonstrou que “não é acordado claramente que o uso de adoçante é eficaz para a perda de peso e manutenção a longo prazo, e nem está ligada a outros efeitos saudáveis a londo termo nas ingestões de ADI.”

Tomando um passo adiante em maior de 2023, a OMS divulgou um novo guia de conselhos para controle de peso (NSS) porque eles não ofertam nenhum benefício a longo prazo na redução de gordura corporal em adultos e crianças. O diretor de nutrição e segurança alimentar da OMS, Francesco Branca, disse nas notícias pulicadas:

“A Substituição de açúcares livres por NSS não ajudam no controle do peso a longo prazo. As pessoas precisam considerar outras maneiras de reduzir a ingestão de açúcares livres, como consumir alimentos com açúcares naturais, como frutas, ou alimentos e bebidas sem açúcar. NSS não são fatores dietéticos essenciais e não possuem valor nutricional. A redução de 100% de açúcares na dieta deve ser feita desde cedo, para que as pessoas melhores sua saúde ao longo da vida.”

Uma revisão sistemática da OMS também revelou “efeitos indesejáveis decorrentes do uso a longo prazo” de adoçantes artificiais, incluindo “aumento do risco de diabete tipo 2, doenças cardiovasculares e mortalidade em adultos” Tal recomendação, se aplica não somente ao aspartame, mas também a outros adoçantes artificiais, como: acesulfame K, advantame, ciclamatos, neotame, sacarina e sucralose.

Seu DNA pode ser danificado por adoçantes artificiais

Inúmeros problemas de saúde estão ligados ao aspartame, além da ansiedade, incluindo:

Câncer

Doenças cardiovasculares

Mal de Alzheimer

Convulsões

AVC e demência

Disbiose intestinal

Transtornos de humor

Dores de cabeça

Enxaquecas

Outros adoçantes, como a sucralose (Splenda) são alarmantes da mesma forma. Em apenas 10 semanas consumindo sucralose — “em níveis bem abaixo do sugerido pela ADI” — são suficientes para causar distúrbios, como a alteração de glicose e insulina, em jovens adultos saudáveis.

Em maio de 2023, uma pesquisa publicada no Journal of Toxicology and Environmental Health, deu destaque a preocupações de genotoxicidade e danos ao DNA. Quando a sucralose é digerida forma compostos que causam problemas. Um composto nomeado de sucralose-6-acetato, é genotóxico e quebra o DNA nas células. E a produção se dá não só quando o composto é metabolizado, mas também existe na química “fora da prateleira.”

A autora da pesquisa Susan Schiffman, professora adjunta do departamento conjunto de engenharia biomédica da North Carolina State University e da University of North Carolina em Chapel Hill, observou o seguinte:

“Nosso novo trabalho determina que a sucralose-6-acetato é genotóxica. E que mesmo antes de ser consumida e metabolizada vestígios de sucralose-6-acetato podem ser encontrados na sucralose comercial.

A autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, contextualizando, tem um limiar de inquietação toxicológica para todas as substâncias genotóxicas de 0,15 microgramas por pessoa por dia. Nossa pesquisa indica que as quantidades vestigiais de sucralose-6-acetato em uma única bebida diária adoçada com sucralose extrapolam esse limite. Isso, sem levar em consideração, a quantidade de sucralose-6-acetato produzida como metabólitos após as pessoas ingerirem sucralose.”

Portanto, talvez não surpreenda o fato de pesquisas passadas descobrirem maior incidência do risco de câncer em consumidores de adoçantes artificiais em comparação com não-consumidores.

Entre os adoçantes estudados, o aspartame e o acessulfame-K, foram especialmente associados ao aumento do risco de câncer, enquanto a ingestão de aspartame foi associada a riscos mais altos de câncer de mama e cânceres relacionados à obesidade, incluindo câncer de estômago, fígado, cólon e reto.

As ameaças totais de câncer aumentaram 13% entre os consumidores de adoçantes artificiais, enquanto o risco de câncer de mama aumentou 22% e o risco de câncer relacionado à obesidade aumentou até 15%. Segundo pesquisadores notaram: “Esses resultados sugerem que os adoçantes artificiais, usados em variadas marcas de produtos alimentícios e bebidas ao redor do mundo, podem representar um fator de risco modificável para a prevenção do câncer.”

Vale o risco?

É necessário pensar se com a quantidade de evidências que demonstram que adoçantes causam efeitos múltiplos de toxicidade, ainda vale a pena arriscar a saúde pelo sabor doce. Alguns truques, como água com limão e vegetais fermentados podem ajudar a acabar com seu desejo por doces, e consumir frutas vermelhas, podem ser um bom incentivo para iniciar uma vida mais saudável.

Uma ferramenta que você pode fazer uso se está tendo desejos por bebidas dietéticas, é usar a técnica do vídeo abaixo, Emotional Freedom Techniques (EFT) quando você sente um desejo chegando, use essa técnica de acupressão psicológica. Isso poderá ajudá-lo a superar o desejo de consumir um adoçante artificial.

Fique atento! Para eliminar os adoçantes artificiais de sua dieta, você deve evitar produtos de hipocalóricos, sem açúcar e “diet”, e deve também ler os rótulos para procurar fontes inesperadas. Comuda ultraprocessadas são vilãs no que diz respeito a adoçantes artificiais, se concentre em incluir na dieta alimentos frescos e integrais. Isso ajudará a evitar as toxinas.