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Ciência & Saúde

Estudo aponta que mulheres lidam melhor com o estresse no espaço do que homens

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Em 2021, pela vez, uma cápsula foi ao espaço com uma tripulação composta inteiramente por civis: era a expedição Inspiration4 da SpaceX, empresa de Elon Musk.

Além de um passeio espacial, o rolê também serviu para fazer experimentos. Durante os três dias da , cada um dos quatro tripulantes coletou o próprio sangue pela manhã e registrou dados sobre seu sono, frequência cardíaca e habilidades cognitivas. 

Publicados nesta terça (11) na revista Nature Communications, os resultados indicam que o sistema imunológico das mulheres é menos impactado pelo espaço e volta ao normal mais rapidamente quando retornam à Terra. A análise também levou em conta dados anteriores de outros 64 astronautas. Alguns dos genes afetados são responsáveis pela coagulação sanguínea, inflamação, envelhecimento e pela manutenção do equilíbrio muscular.

Os resultados ainda são preliminares. Afinal, poucas mulheres astronautas já foram estudadas anteriormente. E também porque a pequena equipe de tripulantes analisada não permite generalizar a conclusão para todos os futuros astronautas. 

“Serão necessários mais para confirmar as tendências, mas esses resultados podem ter implicações para os tempos de recuperação e, possivelmente, para a seleção da tripulação, por exemplo, com mais mulheres para missões de alta altitude, expedições lunares e no espaço profundo”, escreveram os cientistas.

Christopher Mason, professor de fisiologia da Weill Cornell Medicine, em Nova York, foi quem liderou a equipe que publicou o artigo. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, ele disse que não está claro por que as mulheres podem ser mais resistentes aos voos espaciais do que os homens, mas que a capacidade de lidar com as demandas da gravidez pode ajudar.

“Ser capaz de tolerar grandes mudanças na fisiologia e na dinâmica de fluidos pode ser ótimo não só para administrar uma gravidez, mas também para administrar o estresse fisiológico de um voo espacial”, disse Mason.

O artigo faz parte de uma série de mais de uma dúzia de publicações desta terça-feira, que examinam amostras da tripulação da missão Inspiration4 e de outros astronautas que permaneceram na Estação Espacial Internacional por mais de seis meses. Esses dados serão incorporados a um banco de dados de biologia espacial, que será utilizado para diminuir os riscos à saúde dos futuros astronautas em missões lunares, de órbita lunar e, potencialmente, até para Marte.

Fonte: abril

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