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Ciência & Saúde

Entenda o papel do estradiol: o hormônio mais ativo do corpo humano

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Sabe quando falamos que os hormônios femininos são a progesterona e o estrogênio? Na realidade, esse segundo é um grupo de hormônios, onde existem 4 principais: estrona, estradiol, estriol e estetrol. O estradiol é o tipo relacionado ao ciclo menstrual e considerado um dos mais ativos em nosso corpo.

Mulheres são cíclicas e entender melhor como seu ciclo funciona é fundamental. E isso envolve entender melhor esse hormônio, para que ele serve e como mantê-lo equilibrado no . Quer saber mais? Conversamos com a ginecologista e obstetra Tatiane Boute do Fleury Medicina e Saúde para saber tudo sobre o estradiol.

O que é estradiol

Como dissemos, o estradiol é um hormônio da família dos estrogênios. A especialista explica que ele é o principal hormônio estrogênico, sendo produzido pelos ovários, glândulas adrenais e tecido adiposo.

Ele está diretamente ligado ao ciclo menstrual e sua concentração varia ao longo desse período. “O estradiol vai se elevando, até que ocorra a ovulação – caso ocorra uma gravidez, ele se mantém elevado. Se não ocorrer gravidez, ele vai reduzindo para preparar o útero para a menstruação”, descreve a ginecologista.

Para que serve o estradiol

Esse hormônio tem diversas funções no organismo feminino: “o estradiol é responsável pelas nossas características femininas (mamas, pelos pubianos), pelo tipo de distribuição de gordura corporal, pela densidade dos ossos e pelo controle de ciclo menstrual”, enumera Boute. Seus funções ainda não são totalmente conhecidas pela ciência, mas sabemos que ele está envolvido com processos como:

  • Espessamento do endométrio para recebimento do embrião;
  • Efeito anabolizante, conservando e reconstruindo a massa muscular, ossos, pele e outras estruturas no corpo feminino;
  • Sua ação também na lubrificação vaginal e produção de muco fértil;
  • Na puberdade, sua presença é que faz com ocorra o desenvolvimento dos caracteres sexuais, como pelos pubianos e crescimento das mamas.

Por isso que quando sua produção diminui na pós-menopausa, muitas mulheres sentem sintomas como a secura vaginal. Mas vale ressaltar que ele nunca deixa de existir no corpo feminino, só tem suas taxas bastante reduzidas.

O que é o exame de estradiol
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Canva

Por estar tão relacionado com o sistema reprodutor e o ciclo menstrual, o estradiol costuma ser medido para entender como está a saúde feminina. O exame avalia se os níveis do hormônio e a ovulação estão adequados, servindo para “o diagnóstico de algumas condições como precoce, menopausa precoce, infertilidade e tumores produtores de estrógenos, por exemplo”, enumera Boute.

Realizá-lo é muito simples: ele é medido em amostra de sangue e não pede jejum. A única orientação é suspender o uso de biotina e suplementos alimentares que contenham biotina 3 dias antes da coleta.

Níveis de estradiol

Os níveis de estradiol estão sempre mudando em nosso corpo! Por isso que ao realizar o exame, você vai perceber que os números variam não só conforme a idade, mas ao momento do ciclo menstrual. Os níveis considerados normais de estradiol são:

Mulheres

  • Fase Folicular: 1,2 a 23,3 ng/dL
  • Pico Ovulatório: 4,1 a 39,8 ng/dL
  • Fase Lútea: 2,2 a 34,1 ng/dL
  • Menopausa: até 5,5 ng/dL

Gestantes

  • 1º trimestre: 269 a 416 ng/dL
  • 2º trimestre: 1.884 a 2.513 ng/dL
  • 3º trimestre 2.920 a maior de 3.000 ng/dL

Outras medidas

  • Homens: 1,1 a 4,3 ng/dL
  • Crianças de 1 a 10 anos 0,6 a 2,7 ng/dL

Níveis baixos de estradiol

Mulheres com níveis de estradiol abaixo dos níveis citados acima normalmente estão na menopausa ou com insuficiência ovariana, ou seja, não estão mais produzindo óvulos como antes. Mas Boute ressalta que existem também outras causas: “como alterações na tireoide, anorexia, exercícios físicos extenuantes ou uso de medicamentos”. Ou seja, é sempre importante fazer uma avaliação com seu ginecologista.

Em uma mulher em idade fértil, a baixa produção do hormônio contribui para a dificuldade em engravidar. Por isso, é fundamental buscar a orientação do seu médico para analisar cada caso específico.

Níveis altos de estradiol

Já no caso do estradiol muito elevado, a ginecologista explica que as causas podem estar relacionadas a ganho de peso; tumores produtores de estrógenos ou doenças hepáticas. Além disso, o uso de determinados medicamentos, como terapia de reposição hormonal em altas dosagens, pode contribuir para o aumento do hormônio sexual.

Como controlar os níveis de estradiol?

Existem muitos fatores que podem estar relacionados à desregulação do estradiol. Muitos deles, como a menopausa, podem não estar sob nosso controle. Mas, de modo geral, um estilo de vida saudável pode ajudar na manutenção da saúde e na presença de bons níveis de estradiol no organismo. Portanto, é importante:

  • , pelo menos sete ou oito horas por noite, já que o ciclo circadiano está ligado à produção hormonal e existem estudos relacionam privação de sono e infertilidade;
  • Evitar o sedentarismo, praticando atividade física moderada;
  • Controlar o peso, afinal sabemos que o tecido adiposo pode interferir nos níveis de estrogênios;
  • Alimentar-se de forma equilibrada, como explicamos a seguir.

Alimentos com estradiol

Muito se fala sobre a alimentação para controlar o estradiol, principalmente alimentos que contenham esse hormônio. No entanto, esse tema é bastante controverso. “Ainda não existem evidências científicas sólidas para indicar elementos específicos – em caso de necessidade de reposição hormonal, a indicação é uso de estradiol sintético”, aponta Boute.

Sabe-se que alguns alimentos como a soja, possuem substâncias chamadas fitoestrogênios, que agem como estes hormônios em nosso organismo, mas não há comprovação de como eles são realmente encarados pelo corpo. Portanto, a indicação é ter uma dieta balanceada, rica em fibras, proteínas magras, gorduras insaturadas e carboidratos complexos.

Gostou de saber mais sobre esse hormônio tão importante para o funcionamento do corpo feminino? Saiba mais sobre a reposição hormonal, tão importante para manter o bom funcionamento do corpo.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: dicasdemulher

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