Sophia @princesinhamt
Ciência & Saúde

Descubra as partes da vulva e dicas para a saúde íntima

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Seja por tabu, vergonha ou por falta de informações, muitas mulheres não conhecem a anatomia feminina e confundem a vulva com a vagina. Por este motivo, a ginecologista e obstetra Dra. Ana Paula Mondragon (CRM 134071-SP), falou sobre o assunto e explicou as partes que compreendem o órgão genital da mulher.

O que é a vulva

De acordo com a ginecologista, a vulva “é toda região externa e visível do genital feminino, considerada grande fonte de prazer para as mulheres”. A parte externa deste órgão é formado pelo “púbis ou monte de vênus, grandes e pequenos lábios, vestíbulo vulvar, clitóris, meato uretral, períneo e ânus”, complementa.

Diferença entre vulva e vagina

É comum confundir a vulva com a vagina, mas segundo a Dra. Ana Paula, “a vulva é a região externa da nossa genitália (a parte visível), e a vagina é o canal interno, que se comunica com a entrada do útero (colo do útero)”.

Publicidade

googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘div-gpt-ad-1703941460174-0’); });

Agora que você já conhece a definição básica e sabe a diferença entre a vulva e a vagina, que tal conhecer um pouco mais cada parte que compõe a parte visível do genital feminino e se encantar com a funcionalidade dessa parte do corpo?

Quais são as partes da vulva?

É importante que a mulher tenha conhecimento sobre o próprio corpo e saiba mais sobre cada parte que compreende o órgão genital feminino. Sendo assim, a ginecologista falou sobre cada uma. Acompanhe:

  • Púbis ou monte de Vênus: segundo a médica, essa parte da vulva é “constituída por tecido adiposo (gordura) e recoberta de pelos que começam a surgir na adolescência”. Além do mais, o púbis tem uma função importante e protege o osso pubiano de impactos, como na relação sexual, por exemplo.
  • Grandes lábios: a Dra. Anna Paula informou que os grandes lábios protegem a abertura da vagina e uretra da entrada de fungos e bactérias. “São dobras formadas por tecido adiposo e conjuntivo, coberto por pele e pelos que vão do púbis até o períneo”.
  • Pequenos lábios: essa região é formada por uma mucosa que se localiza nos grandes lábios. “É uma região bastante sensível e aumenta de volume quando a mulher está excitada”, explicou. Ademais, de acordo com a médica, existem diferentes tipos de pequenos lábios que podem ser assimétricos, de tamanhos distintos e abertos.
  • Vestíbulo vulvar: conforme disse a especialista, o vestíbulo vulvar “é a parte interna dos pequenos lábios, sendo delimitada pela parte superior do vestíbulo formado pelo clitóris e a base, pela fúrcula”.
  • Clitóris: o clitóris possui diversas terminações nervosas, por esse motivo tem importante função no prazer sexual da mulher. “Ele é formado por tecido erétil e se localiza na parte superior da vulva, entre os pequenos lábios e próxima à uretra”, informou a ginecologista;
  • Meato uretral: segundo a especialista, o meato uretral é o canal em que sai a urina. A uretra feminina mede cerca de 5 cm de comprimento e 8 mm de diâmetro, e fica localizada entre o clitóris e a vagina;
  • Períneo: já o períneo feminino é uma “porção de pele entre a parte inferior da vulva e o ânus”, explica a médica. Além disso, a musculatura do períneo é responsável pela sustentação dos órgãos pélvicos e tem importante função no parto. Quando fortalecida, essa região colabora para um parto normal e menos doloroso;
  • Ânus: segundo a Dra. Anna Paula, “o ânus se localiza logo após o canal anal, sendo responsável por excretar os gases e materiais fecais”.

Vale frisar que não existe um padrão de beleza para a vulva, ou seja, “nenhuma vulva é igual, cada uma é de um jeito e nenhuma é melhor ou mais bonita que a outra, são simplesmente variações anatômicas e todas são normais”, pontuou a médica.

Saúde da vulva

Além de realizar os exames ginecológicos periodicamente, é essencial ter conhecimento sobre as doenças mais comuns que afetam a vulva, assim como prevenção e cuidados. Então, confira a seguir mais informações sobre o assunto.

Higienização

A higiene íntima é extremamente importante para evitar infecções na região, portanto deve ser limpa adequadamente para não prejudicar a saúde íntima feminina. “A vulva deve ser higienizada apenas com água ou com sabonete neutro de pH ácido (produtos veganos são uma excelente opção). Lembrando sempre que se deve higienizar apenas a região externa, nunca introduza sabonete na vagina”, orientou a profissional.

Doenças mais comuns

Segundo a Dra. Ana Paula, as doenças mais comuns que afetam a vulva “são as inflamatórias, como a vulvite, que é a irritação da vulva, e a vulvovaginite, que causa irritação na vulva e na vagina”. A especialista informou que as doenças causam sintomas desagradáveis, como “aumento do volume dos grandes e pequenos lábios (inflamação da vulva), vermelhidão local, corrimento que pode adquirir múltiplas cores e coceira intensa”.

Causas e prevenção

As causas para essas patologias são multifatoriais, no entanto é comum ocorrerem por micro-organismos ou por alergia a produtos. Normalmente, “a paciente possui maior sensibilidade e desconhece, por exemplo, calcinhas de tecido sintético, amaciantes, papel higiênico colorido/perfumado, sabonetes perfumados, artigos de sex shop e pelo hábito diário, como o uso do chuveirinho como ducha vaginal”. Segundo orientação da ginecologista, a melhor forma de prevenir essas patologias é dormir sem calcinha, usar calcinhas de algodão e produtos naturais para higiene local.

Publicidade

googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘div-gpt-ad-1703941599581-0’); });

Labioplastia

A labioplastia, ou ninfoplastia, trata-se de um procedimento estético realizado em consultório sob anestesia local. Segundo a ginecologista, as pacientes procuram a técnica para reduzir o tamanho dos pequenos lábios. “Em sua grande maioria, este é um procedimento estético, mas em alguns casos existem motivos clínicos que justificam esse tipo de procedimento para melhorar a qualidade de vida da mulher. Visto que algumas mulheres apresentam incômodo durante a relação sexual, ao praticar esportes e incômodo com o uso de calcinha”.

É importante que a mulher tire dúvidas sobre o assunto para quebrar o tabu da sexualidade feminina. Afinal, conhecer o próprio corpo é essencial para a autoconfiança e bem-estar da mulher.

Saiba mais sobre a vulva

A seguir, confira a seleção de vídeos com profissionais que falam mais sobre a vulva, doenças mais comuns e a diversidade do órgão genital feminino:

Conhecendo a vulva

Nesse vídeo, a educadora sexual Gabriella Freidman explica em detalhes como é o órgão sexual feminino. Além disso, ela fala sobre o formato que varia de mulher para mulher e, muitas vezes, se torna motivo de insatisfação feminina.

Lesões na vulva

A Dra. Laura Lúcia explica sobre as diversas lesões que podem acometer a região e sobre os perigos da automedicação. Além do mais, ela fala sobre a importância de observar a própria vulva, a fim de notar alguma anormalidade e se conhecer também. Assista ao vídeo!

Diversidades de vulva

Publicidade

googletag.cmd.push(function() { googletag.display(‘div-gpt-ad-1703941812977-0’); });

Vale repensar sobre os padrões estabelecidos sobre a vulva e se a cirurgia íntima é realmente feita por necessidade ou meramente por estética. Dessa forma, a Dra. Lilian Fiorelli, especializada em sexualidade feminina, fala sobre a diversidade de vulvas, tamanhos, variações de pele e tons.

Agora que você tem mais conhecimento sobre a vulva e as suas funções, aproveite e confira o guia do orgasmo feminino para uma vida sexual mais prazerosa.

As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.

Fonte: dicasdemulher

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.