O recorde é de 79 metros nas águas cristalinas do mar de Weddell, litoral da Antártica. Vale dizer que esse dado não tem a ver só com poluição humana, mas também com a turbidez natural do material orgânico gerado pelos seres vivos. Por exemplo: o Amazonas é um rio limpo, mas há tanta vida em suas águas (leia-se: cocô de peixe, folhas em decomposição e afins) que a visibilidade alcança, no máximo, 2,5 m.
Em corpos de água salgada, essa medição é feita usando um disco branco liso de 30 cm de diâmetro (um pouco menor que uma pizza comum) chamado disco de Secchi. Na água doce, o padrão é um pouco diferente: um disco de 20 cm dividido em quadrantes pretos e brancos contrastantes.
As razões para essa diferença são, em parte, históricas, mas também há uma justificativa técnica.
Acontece que lagos e rios são mais rasos. Por isso, em geral, a luz é capaz de chegar até o fundo e se refletir antes de ser absorvida totalmente pela água – o que torna o fundo visível. O leito, muitas vezes, consiste em uma areia muito clarinha. E um disco branco ficaria camuflado contra esse sedimento, dificultando a medição. Daí a importância do disco ter partes pretas contrastantes.
No mar, por outro lado, a escuridão é completa em qualquer profundidade superior a 200 m. Isso significa que um disco inteiramente branco sempre terá contraste máximo ao ser visto contra o fundo preto.
Fonte: artigo “Secchi disc visibility world record shattered”; texto “Why a black and white Secchi disk?” da North American Lake Management Society.
Pergunta de @dusampaio_, via Instagram
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Fonte: abril