Sim. No geral, esses animais podem desenvolver três tipos de alergias: a carrapatos, a comida e ao ambiente. A “alergia a humanos” se encaixaria na terceira categoria. Ela ocorre em resposta a restos de nossas células mortas, que se espalham pela casa por meio da caspa, por exemplo.
Felizmente, a alergia a pessoas não costuma gerar reações extremas. Ela se manifesta em cães e gatos por meio da dermatite atópica, também conhecida como eczema. É possível identificá-la quando o animal começa a coçar uma região da pele que está aparentemente normal, sem feridas. Os sintomas mais graves (como vômitos, inchaços e até choques anafiláticos) geralmente são desencadeados por picadas de abelhas ou alimentos alérgenos.
Os gatos são mais propensos a ter dermatite atópica, mas não temos dados sobre o quanto dessa reação é causada pela alergia a humanos, especificamente. Outras alergias ambientais comuns ocorrem em resposta a pólen, pó e esporos de mofo.
Em uma pesquisa publicada no periódico Scientific Reports, 20% dos cães estudados apresentaram sintomas de alergia – sendo que metade desses exibiam reações alérgicas a humanos. “Quando fazemos testes de alergia [em cães e gatos], geralmente descobrimos que eles são alérgicos a 12 ou mais coisas, e os humanos são geralmente uma dessas coisas”, disse a professora de dermatologia veterinária Heather Edington, da Universidade de Cornell, em entrevista à LiveScience.
Tratamento
Caso você perceba coceiras que não passam ou outro tipo de reação alérgica no seu bichinho, o primeiro passo é procurar um veterinário. O profissional pode recomendar o uso de comprimidos anti-histamínicos, que devem ser administrados regularmente para prevenir os sintomas da alergia.
Mas nem todos os animais respondem à droga (segundo Edington, os anti-histamínicos só são eficazes em 30% dos casos, aproximadamente). Segundo documento publicado pelo Comitê Internacional de Doenças Alérgicas em Animais, os corticoides orais tendem a ser mais eficazes que anti-histamínicos para tratar reações alérgicas graves em cães. Por outro lado, os efeitos colaterais podem incluir maior cansaço e fome nos animais.
Uma terceira opção seria a imunoterapia específica. O tratamento inclui injetar quantidades controladas de alérgenos no animal para amenizar as reações. De toda forma, a melhor terapia deve ser indicada por um profissional.
Fonte: abril
