“Não pode ser Milano? Então será ‘Alfa Romeo Junior’!”, anunciou a Alfa Romeo dias após apresentar o seu SUV compacto elétrico Milano, agora Junior. Essa mudança de nome tem uma explicação: uma lei do governo italiano proíbe que produtos com nomes italianos sejam fabricados fora do país.
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O Junior é fabricado na Polônia e o fato gerou protestos do ministro do Comércio italiano, Adolfo Urso, membro do governo de extrema-direita do país. Para não causar problemas, a Stellantis, dona da marca Alfa Romeo, preferiu mudar o nome.
“Apesar de a Alfa Romeo acreditar que o nome cumpria todos os requisitos legais e que existem questões muito mais importantes do que o nome de um novo automóvel, a Alfa Romeo decidiu alterá-lo de ‘Milano’ para ‘Alfa Romeo Junior’ no espírito de promover a compreensão mútua”, disse a empresa em nota.
A mudança gerou protestos entre o público e a rede de concessionárias, que tinham gostado da homenagem à cidade de Milão, onde a Alfa Romeo foi fundada, mas a montadora decidiu mesmo acatar à ordem do governo italiano.
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“Estamos perfeitamente conscientes de que este momento ficará gravado na história da marca. É uma grande responsabilidade, mas ao mesmo tempo é um momento emocionante. A escolha do nome Alfa Romeo Junior é completamente natural, uma vez que está fortemente ligado à história da Marca e que tem estado, desde o início, entre os nossos favoritos e entre os favoritos do público”, disse Jean-Philippe Imparato, CEO da Alfa Romeo.
O nome Junior vem de 1966, quando o GT 1300 Junior foi apresentado em Balocco. Era uma versão do Giulia mais voltado ao público jovem. Tinha motor 1.3 de 89 cv e chegava a mais de 170 km/h. O modelo, segundo a marca, vendeu mais de 92 mil unidades.
Como é o novo Junior
O Alfa Romeu Junior é feito sobre a plataforma e-CMF, a mesma do Peugeot e-2008. Tem 4,17 metros de comprimento, 1,78 m de largura e 1,5 m de altura.
A Alfa anunciou as duas versões elétricas, com opções de um motor elétrico com 156 cv ou 240 cv abastecidos por uma bateria de 54 kWh. Para a versão de menor potência, a Alfa promete 410 km de autonomia no ciclo WLTP ou 590 km no ciclo urbano. Além disso, nas estações de carregamento rápido DC de 100 kW, são necessários menos de 30 minutos para carregar a bateria de 10% a 80%.
A marca também falou em sistema híbrido, mas as vendas na Europa devem começar em um segundo momento. Também serão duas versões, com tração dianteira ou integral. O motor é um 1.2 turbo funcionando no ciclo Miller, ligado a um sistema híbrido leve de 48V e potência total de 136 cv.
A Alfa Romeo diz que, na cidade, é possível usar o modo elétrico em 50% do tempo, enquanto na estrada é possível dirigir dessa forma a até 150 km/h, mas não informou por quanto tempo.
Fonte: autoo