A GM – General Motors acatou a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) e vai reintegrar os mais de 800 funcionários demitidos.
No último dia 21 de outubro, os metalúrgicos das unidades de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes foram surpreendidos com e-mails e telegramas informando o desligamento.
Mais de 800 funcionários demitidos da GM serão reintegrados
A reintegração ocorre após 13 dias de greve, decidida em assembleia com os trabalhadores e representantes dos sindicatos, como o Sindicato do Metalúrgicos de São José dos Campos.
Entre as manifestações, os grevistas penduraram os uniformes em frente a fábrica de São José dos Campos, além de passeatas e reuniões com representantes do poder público.
De acordo com o sindicato, a empresa deve realizar uma reunião ainda hoje com os três sindicatos envolvidos nas negociações.
“A retomada dos empregos é uma vitória histórica, fruto da forte luta dos trabalhadores das três cidades. Foram 13 dias de greve e muita união em defesa dos empregos. Mostramos a força da nossa categoria”, afirma o vice-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Valmir Mariano.
A montadora chegou a entrar com uma liminar para manter as demissões, mas esta foi negada pela ministra Dora Maria da Costa, do Tribunal Superior do Trabalho.
Ao todo, mais de mil trabalhadores foram demitidos nas três fábricas da GM: 839 na fábrica de São José dos Campos, mais de 200 na planta de São Caetano do Sul e outros 100 na unidade de Mogi das Cruzes, de acordo com os sindicatos dos metalúrgicos.
A decisão do TST determina também a reintegração dos empregados, com reinserção na folha de pagamentos, bem como todos os direitos e condições vigentes antes das demissões.
Após o anúncio, os trabalhadores fizeram um grande churrasco no sábado (4/11) em frente a fábrica da GM de São José dos Campos para comemorar as reintegrações.
A GM errou em demitir, afirma sindicato
As demissões ocorreram no último dia 21 de outubro, quando os trabalhadores das três fábricas foram surpreendidos com e-mails e telegramas informando o desligamento.
Na ocasião, a empresa alegou que a medida foi tomada por conta da queda nas vendas e exportações.
No entanto, o acordo de layoff firmado entre empresa e funcionários em julho deste ano previa a estabilidade dos empregos por até 10 meses, o que não foi acatado pela GM.
Foi acordado que não haveria demissões durante a suspensão dos contratos.
Além disso, os empregados deveriam receber 100% dos salários durante o período. Metade pago pela montadora e a outra metade paga pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
Fonte: garagem360.com.br