A Toyota Hilux e a Ford Ranger estão entre as picapes médias 4×4 mais desejadas do Brasil. No acumulado, a primeira camionete aparece com 27.044 unidades vendidas e 18,41% de participação e a segunda somou 15.450 exemplares e 10,52% de market share.
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A Hilux, cuja sua última reestilização ocorreu em 2020, depois disso, resolveu investir em novas versões, como a Conquest, SRX Plus e GR Sport 2.8 turbodiesel de 224 cv e ocupa a liderança com 4.760 unidades vendidas no mês de julho.
A Ranger mudou em 2023 e vem mantendo as versões XL, XLS e XLT e Raptor e motores turbodiesel 2.0 de 170 cv, 3.0 V6 de 250 cv e 3.0 turbo a gasolina de 397 cv e aparece na segunda posição com 2.685 exemplares vendidos em julho.
Os dados são do último ranking da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) que ainda apontou que a picape da Ford vendeu em junho 3.025 unidades da Ranger, ou seja, uma ligeira queda ao mês seguinte. A Hilux, por outro lado, superou o mês de junho, período pelo qual computou 3.895 vendas.
A Ford Ranger XLS 3.0 V6 custa a partir de R$ 289.990 e a Toyota Hilux SRV sai por R$ 290.190. Custando quase o mesmo valor, qual será a vencedora deste duelo de titãs? Acompanhe abaixo.
1- Consumo
A Toyota Hilux já começou bem e fez 1×0 contra a Ford Ranger. Pudera, pois o motor da picape da empresa japonesa é um 2.8 16V de quatro cilindros, turbinado, que trabalha em conjunto com o câmbio automático de seis marchas. Com isso, ela consegue a marca de 10,1 km/l na cidade e 11,3 km/l na estrada, segundo o Inmetro.
A picape da marca estadunidense, por outro lado, fornece 8,9 km/l no ciclo urbano e 10,2 km/l no rodoviário, e isso tudo é culpa do 3.0 V6 24V que apesar de oferecer mais potência, veio com muita sede ao pote. Cabe dizer que na Ford, a transmissão é automática com 10 velocidades.
2- Espaço interno
A julgar pela altura de 1,88 metro, largura de 1,91 m e entre-eixos de 3,27 m, a Ranger é a picape que é a “dona do pedaço”. Seus 5,35 m de comprimento também são favorecidos na capacidade de caçamba de 1.250 litros.
A Hilux, por sua vez, comporta 1.200 l de caçamba e tem 5,32 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,81 m de altura e 3,08 m de entre-eixos, o que a deixa em uma ligeira desvantagem perante a líder no espaço interno Ranger. ponto para picape da Ford que empatou no 1×1 até o momento.
3- Potência e torque
O 3.0 V6 a diesel com turbocompressor e injeção direta, os 250 cv disponíveis a partir das 3.250 rpm e torque de 61,2 kgfm a somente 1.750 giros são suficientes para dar agilidade à Ranger. Com suas mais de 2,2 toneladas de peso bruto, ela vai de zero a 100 km/h em só 9,2 segundos e atinge a velocidade final de 187 km/h.
A Hilux possui um propulsor de 4 cilindros a diesel, também com turbocompressor e injeção direta, mas tem a potência de “apenas” 204 cv (a 3.400 rpm) e torque de 50,9 kgfm (a 2.800 rpm). Apesar de mais leve com seus 2.085 kg, a picape leva mais tempo para cumprir o 0-100 km/h, 12 s. A velocidade final declarada é de 180 km/h. Assim, ponto para a Ford Ranger. O placar está em 2×1.
4- Equipamentos principais
Ambas oferecem bons níveis de equipamentos, incluindo os indispensáveis sensores de aproximação traseiros, com câmera de ré, muito útil para este tipo de veículo.
Quando a questão são os equipamentos voltados para o conforto de seus ocupantes, a Hilux arranca na frente e oferece mimos como banco do motorista com ajuste elétrico para distância altura e inclinação e computador de bordo (com tela de 4,2″ de TFT), mas peca por não oferecer para o passageiro dianteiro. Na Ranger, nem os dois são oferecidos. Pelo menos serve bem com o controlador de velocidade de cruzeiro, conhecido popularmente como piloto automático. Assim, ficou empatado nos 2×2.
5- Serviços de pós-venda
A Ford oferece cinco anos de garantia, sem limite de quilometragem, exceto para frotistas, no qual o período de Garantia é de 60 meses ou 100.000 km, o que ocorrer primeiro. No entanto, para veículos comercializados através da modalidade de venda direta (CNPJ) ao governo e frotista, o período de Garantia é de 60 meses ou 100.000 km, o que ocorrer primeiro.
A Toyota, por sua vez, dá os mesmos anos do benefício, sem limite de quilometragem para uso particular e limite de cinco anos ou 100 mil (cem mil) quilômetros para uso comercial, o que primeiro ocorrer. No entanto, a Hilux pontua por oferecer a primeira revisão mais em conta: são R$ 1.173,21 contra R$ 1.366 da Ranger. No serviço é feito a troca de óleo, junta do bujão do cárter e filtros do motor e combustível. Portanto, a Hilux ganhou por pouco e o placar ficou em 3×2.
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Fonte: autoo