As exigências dos funcionários da GM em greve ainda não foram atendidas, prolongando o ato e gerando tantos outros em relação às ações da empresa. Com mais centenas de desligamentos confirmados, a situação se complica ainda mais e pode não se resolver tão cedo.
Exigências dos funcionários da GM buscam fazer justiça após onda de demissão em massa
Nos últimos dias, uma onda de demissões em massa na GM do Brasil tem afetado profundamente a vida dos trabalhadores da empresa. Essas demissões foram realizadas de forma súbita e, de acordo com os sindicatos, de maneira irregular.
Muitos funcionários foram notificados por e-mail e dispensados de maneira fria, sem negociações ou consideração pelos serviços prestados.
As fábricas afetadas foram as unidades de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, todas no estado de São Paulo.
Estas demissões abruptas geraram uma resposta organizada dos sindicatos, incluindo uma greve em andamento.
O foco principal dessas ações é garantir que os direitos dos trabalhadores demitidos sejam respeitados, que os empregos sejam restabelecidos e que os acordos previamente firmados sejam cumpridos.
Em julho, a GM assinou um acordo que previa a estabilidade dos funcionários, porém, este acordo não foi cumprido. Assim, a busca por justiça se concentra na exigência de que a GM cumpra os acordos estabelecidos.
Mais 800 demissões foram feitas
- Nesta quarta, dia 25 de outubro, a GM confirmou mais 800 cortes em sua fábrica em São José dos Campos, aprofundando a crise.
- Em protesto contra essas demissões, metalúrgicos do polo realizaram um ato em frente à fábrica, que chamou a atenção de muitos. Um gesto simbólico foi realizado, onde cerca de 100 uniformes de trabalho foram pendurados na portaria da unidade.
- Este “varal de uniformes” simboliza a luta incansável dos trabalhadores em defesa de seus empregos e serve como um apelo à sociedade para se unir à mobilização, explica Valmir Mariano, vice-presidente do Sindicato de Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
- Outro ato está programado para quinta, 26 de outubro, na sede do Sindicato em São José dos Campos, seguido por uma passeata pelas principais ruas do centro da cidade.
- Essa manifestação terá a participação não apenas de trabalhadores demitidos, mas também dos que ainda estão empregados, sindicatos e várias centrais sindicais.
Greve dos trabalhadores da GM continua a todo vapor
- A greve dos trabalhadores da GM já passa de seu terceiro dia. O tempo todo os sindicatos dos metalúrgicos têm feito esforços para buscar apoio e resoluções.
- Na quarta-feira, 25, houve uma reunião com o Governo de São Paulo para discutir a situação e as demandas reivindicadas. Além disso, uma carta foi enviada ao governo, solicitando uma reunião urgente com o Presidente Lula para discutir medidas que possam auxiliar os trabalhadores nesse momento.
Totalmente legítimas, as exigências dos funcionários da GM buscam apenas garantir os direitos básicos dos trabalhadores.
Afinal, especialmente quando acordos são firmados, ninguém se planeja para um demissão e as consequências para o trabalhador são profundas e, muitas vezes, irreparáveis.
Fonte: garagem360.com.br