Publicada há cerca de duas semanas, a Medida Provisória (MP) do carro popular trouxe uma série de medidas fiscais para estimular o setor automotivo. Alguns especialistas estão otimistas com o programa e outros enxergam que o incentivo não deve ter um grande impacto devido às altas taxas de juros. Mas existe uma modalidade que livra o comprador do pagamento dos juros do financiamento.
Consórcio livra comprador dos juros do financiamento; veja outras vantagens
Dessa forma, o consórcio se torna uma opção para quem deseja adquirir um veículo novo ou usado. A modalidade permite a aquisição do bem sem burocracia e sem incidência dos juros.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC), o consórcio de automóveis registrou um crescimento de 9,4% na venda de novas cotas entre os meses de janeiro e abril, em comparação com o mesmo período de 2022.
José Climério Silva Souza, diretor-executivo do Consórcio Nacional Bancorbrás, aponta que essa alta se dá porque os brasileiros enxergam a modalidade como uma das formas mais seguras e práticas para adquirir o bem. “Os valores atrativos das parcelas, a segurança financeira e a facilidade de retirar o bem são alguns dos critérios dos consorciados para a escolha do investimento”, afirma.
O consórcio permite que os clientes escolham o valor da carta de crédito de acordo com o seu orçamento, evitando uma compra por impulso que prejudique o planejamento financeiro, familiar ou dos negócios.
“Trata-se de uma ferramenta de autofinanciamento que resolve um problema de abrangência global, que é a dificuldade de as pessoas pouparem consistentemente para atingir algum objetivo”, destaca Alexandre Caliman Gomes, sócio-fundador e diretor da administradora Consorciei.
Veja cinco motivos para investir na modalidade:
- Poupança forçada – Sabe aquele dilema entre guardar o dinheiro ou gastá-lo em alguma compra por impulso? Ao contratar uma cota de consórcio essa preocupação não existe, porque será um valor com destino certo, assim como as outras contas fixas. O consórcio cria a necessidade de se pagar uma parcela mensal e, consequentemente, poupar algum valor com regularidade. “Em torno de 30% dos brasileiros, apenas, conseguem poupar algum montante de dinheiro durante um período de 12 meses. No consórcio, esse percentual de sucesso ultrapassa os 70% nesse mesmo prazo”, diz Gomes.
- Modalidade preserva o poder de compra – Quando há inflação e aumento significativo do preço de bens e serviços (não é o caso no atual momento, mas o comprador de veículos tem de pensar no longo prazo), ocorre a perda de poder de compra. O consórcio é uma boa opção nesse cenário, pois preserva o poder de compra do cliente até a data em que a cota é contemplada, pois o sistema prevê o reajuste do bem consorciado.
- O custo total de aquisição é menor – O consorciado não paga juros, como ocorre em financiamento ou empréstimo. Nesse sistema, não existe uma instituição que conceda crédito para receber uma remuneração em contrapartida. Sem a necessidade de pagamento de juros, o custo de aquisição de veículos via consórcios é menor.
- Aquisição pode ser feita sem parcela de entrada – O sistema de consórcio não exige que o comprador dê algum valor de entrada quando da adesão ao plano. Dessa forma, fica mais acessível conquistar um bem de alto valor como é o caso de um carro. Você determina o valor que deseja para a carta de crédito e o prazo de contratação. É dessa forma que é calculado o valor da parcela mensal. Por outro lado, o financiamento exige, em média, 20% do valor do bem como entrada. Isso faz com que muitos adiem seus planos, por não possuir uma reserva para esse tipo de investimento.
- Sistema permite flexibilidade – Ao ser contemplado no consórcio de carros, a carta de crédito é válida para adquirir o que desejar, desde que esteja de acordo com as regras do grupo escolhido. Com uma carta de crédito para automóvel, ainda que o consórcio seja referente a um modelo ou marca específico, é possível comprar o carro da sua preferência. Se a pessoa contemplada não encontrou o veículo do seu interesse, a carta de crédito pode ser usada em outro momento.
Um detalhe pouco divulgado é que, caso o valor do carro seja menor que o da carta de crédito, a diferença não é perdida. É possível usá-la para pagar despesas como a contratação de seguro ou o pagamento do IPVA, por exemplo.
Mas para ter certeza se vale mesmo a pena entrar num consórcio, também é preciso ficar atento a algumas questões antes de assinar o contrato.
Fonte: garagem360.com.br