O Garagem360 conversou com o presidente da Copart, empresa organizadora de leilões, Adiel Avelar, para entender a relação do brasileiro com carro de leilão e como o segmento pode ser visto como uma boa alternativa de compra e venda de automóveis.
Comprar carro de leilão é uma boa?
Desde 2020, período em que o mundo parou por conta da pandemia, a indústria automotiva passou por uma série de dificuldades. A falta de semicondutores e a constante paralisação das linhas de produção fizeram com que o preço dos carros 0 km aumentasse significativamente.
A partir de daí aconteceu um efeito dominó. Os seminovos e usados também encareceram, já que o segmento era visto como uma alternativa aos carros novos. A alta procura e o estoque reduzido também foram responsáveis para que o preço das unidades comercializadas subisse.
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Afinal, comprar carro de leilão é um bom negócio? Fomos apurar
O Garagem360 conversou com o presidente da Copart, empresa organizadora de leilões, Adiel Avelar, para entender a relação do brasileiro com carro de leilão e como o segmento pode ser visto como uma boa alternativa de compra e venda de automóveis.
Comprar carro de leilão é uma boa?
Desde 2020, período em que o mundo parou por conta da pandemia, a indústria automotiva passou por uma série de dificuldades. A falta de semicondutores e a constante paralisação das linhas de produção fizeram com que o preço dos carros 0 km aumentasse significativamente.
A partir de daí aconteceu um efeito dominó. Os seminovos e usados também encareceram, já que o segmento era visto como uma alternativa aos carros novos. A alta procura e o estoque reduzido também foram responsáveis para que o preço das unidades comercializadas subisse.
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Porém, não para por aí. Até mesmo os carros de leilões encareceram. De acordo com o diretor da Copart, empresa organizadora de leilões online, que atua no Brasil e em outros 10 países, Adiel Avelar, o segmento registrou uma alta de 30%, em média.
No entanto, com as dificuldades de adquirir um automóvel através de outros meios, o consumidor também passou a enxergar o segmento como uma nova possibilidade.
Um dos fatores responsáveis por ajudar o aumento de adesão ao mercado de leilões foi o avanço nos processos, que hoje podem ser feitos de forma totalmente digital. A possibilidade de conhecer as características do veículo, realizar um lance e finalizar o arremate de forma online foi um grande facilitador na popularização do setor.
De acordo com Adiel, durante a pandemia e as restrições de aberturas de comércios, muitas concessionárias passaram a usar as plataformas de leilão para vender automóveis, uma vez que a loja física foi obrigada a atuar de porta fechada e os pátios para visitação dos veículos continuavam funcionando, uma vez que se enquadravam como serviços essenciais.
Mais uma plataforma de compra e venda
Quando questionado pela reportagem o motivo pelo qual o consumidor brasileiro ainda torce o nariz para carro de leilão, Adiel explica que o motivo está ligado com um contexto histórico.
Por aqui, é comum que o carro de leilão seja relacionado com um automóvel com alguma avaria, ou com o fato de ter dívidas em aberto com administradoras financeiras e por isso acaba disponível para lance.
No entanto, ele também ressalta que não é só isso. Hoje, os leilões podem (e devem) ser vistos como mais uma plataforma de compra e venda, com prós e contras, assim como qualquer outra.
Como exemplo, ele ressalta que sim, o carro de leilão pode ser encontrado batido, com defeito mecânico ou qualquer outra avaria e até mesmo irrecuperável, onde o comprador tem interesse em alguma peça em específico. Porém, todas as condições do automóvel sempre serão repassadas ao interessado.
No entanto, o segmento não se restringe a esses veículos. No leilão também é possível encontrar veículos em perfeito estado, que foi parar no pátio por questão de dívida ou qualquer outro motivo, bem como modelos únicos e raros.
“A diferença do leilão para as demais plataformas de compra e venda é que ele não se restringe a um tipo de veículo. Nele, você pode encontrar carros em estados e condições variadas. Há diversos achados, modelos raros que são verdadeiras joias para colecionadores, e claro, carros que passaram por algum sinistro e que também apresentam defeitos.”
Nesse caso, o especialista sempre recomenda que o interessado no lote visite o pátio em que o modelo se encontra para verificar todas as características do automóvel, bem como leve junto um mecânico de confiança para analisar as questões técnicas do modelo, para ter certeza do negócio que será concluído.
A modalidade ‘venda meu carro’
Ainda como forma de popularizar o segmento e fazer crescer o público do mercado de leilões, a empresa lançou de forma recente a modalidade “venda meu carro”, onde qualquer pessoa pode anunciar o automóvel dentro da plataforma.
O executivo explica que, para que o leilãoseja visto como mais uma opção de compra e venda, a possibilidade de anunciar os veículos não deve ser restrita a empresas como bancos e seguradoras.
Através dela, uma pessoa física pode usar a plataforma para anunciar e vender o veículo para outra pessoa física. Ainda conforme explica Adiel, a vantagem é o tempo do processo, que tende a ser mais rápido que as demais concessionárias físicas que revendem os automóveis, uma vez que cada pregão tem em média, 15 mil pessoas participando.
Outro fator que entra na coluna de vantagens é a segurança que a plataforma garante, uma vez que o vendedor não terá que se preocupar em conhecer o comprador ou participar de todo o processo.
O comprador também garante suas vantagens, como a possiblidade de adquirir um automóvel com preço reduzido e a clareza nas informações e condições do veículo. Nesse caso, o presidente da Copart enfatiza mais uma vez a importância da visitação presencial ao pátio para conhecer o automóvel de perto.
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Fonte: garagem360.com.br