A hora de ouro, nome dado aos primeiros 60 minutos após o nascimento do recém-nascido, é muito importante para o desenvolvimento afetivo e para uma boa saúde da criança. Esta hora do ouro é preciosa entre mãe e bebê. É o que mostram as pesquisas.
Cientistas, a partir de pesquisas e relatos, descobriram que os 60 minutos de contato da pele entre mãe e recém-nascido regulam a temperatura da criança, ajudam a controlar a respiração e diminuem o corpo a regular taxas de açúcar no sangue.
Pesquisadores do Nationwide Children ‘s Hospital, em Ohio, nos Estados Unidos, observaram 125 bebês prematuros para o estudo. Ouviram mamães, na primeira hora após o nascimento da criança, nada de desgrudar da cria, viu?!
60 minutos cruciais
Os profissionais recomendam que, durante a hora de ouro, os bebês sejam colocados de bruços sobre a barriga da mãe. Essa posição tem uma explicação. Com ela, o corpo é capaz de retardar a produção de hormônios de adrenalina das mamães, o que ajuda posteriormente na amamentação.
Tenelle Choal, enfermeira-parteira de Dakota do Sul, disse que a hora de ouro é muito benéfica e pode definir muito coisa do relacionamento que começa a se construir entre mãe e bebê.
A fala de Tenelle vai ao encontro com as pesquisas do obstetra francês Michel Odent, que em 1977 difundiu a ideia da hora de outro entre a comunidade médica. Odent mostrou que recém-nascido, na primeira hora de vida, sempre busca o seio da mãe para se alimentar.
Benefícios dos 60 minutos
São muitos! A hora de ouro também é reconfortante para o bebê, fazendo com que a criança fique em um estado silencioso e reduza o choro. Ao aproximar mãe e bebê nos primeiros 60 minutos pós parto, a progenitora aumenta a ocitocina em seu corpo, diminuindo o risco de hemorragia que pode acontecer por conta do procedimento de nascimento.
“Para o bebê, ajuda na regulação térmica e estabiliza as taxas de açúcar no sangue da criança”, afirmou Tenelle.
A enfermeira e parteira ainda afirmou que os benefícios a longo prazo são enormes. “Para a mãe, ajuda ela a produzir hormônios da amamentação, além de diminuir o estresse, a ansiedade e a depressão”, disse.
Se não der
Sabemos que os partos são procedimentos de risco, e é até comum, por conta de complicações médicas, os pais não conseguirem ficar com o bebê logo após o nascimento.
Nestes casos, uma maneira de facilitar o vínculo entre a criança e os pais, é segurar o recém nascido por muito tempo depois da criança sair do hospital.
Ao segurar a criança e dar carinho, os pais ativam a oxitocina e estimulam o cérebro da criança para um maior desenvolvimento.
Um artigo publicado na Revista Parentes, mostrou que o toque entre criança e cuidado é de suma importância para construir vínculos. Crianças que não receberam tanta atenção física, demonstraram ser mais suscetíveis a problemas comportamentais, emocionais e sociais.
A pesquisa foi publicada em 2020, e demonstra a importância do contato pele a pele entre a mãe e a criança logo nos seus primeiros minutos de recém-nascido.
“As descobertas indicam a qualidade preditiva e nutritiva do toque dos pais como um meio primário de contato e comunicação precoce”, diz o estudo.
Bebês e toque
Um estudo de pesquisadores do Nationwide Children ‘s Hospital, em Ohio (EUA), observou 125 bebês prematuros e suas reações ao toque.
Os resultados apontaram que os recém-nascidos tocados de forma gentilmente tiveram mais respostas cerebrais do que quando sofriam outros toques durante os procedimentos do parto.
Para Nathalie Maitre, pesquisadora que participou do estudo, afirma que os pais devem ficar animados com o poder da pele e do toque no recém-nascido.
“Para os novos pais, incluindo aqueles que filhos pequenos precisam passar por procedimentos médicos complexos, fiquem animados, seu toque é mais importante do que você imagina!”, explicou.
Durante o estudo, foi ainda possível observar que os bebês que passaram por procedimentos mais complexos e dolorosos no início da vida, tendem a ter um senso de toque afetado.
Por Só Notícia Boa – Com informações de Dailymail.
Fonte: noticiapositiva