Os amigos Trevor Hodgins, de 14, e Giovanni Scafidi, 18, salvaram um jovem, fazendo RCP, depois que o coração do rapaz parou. Segundo o cardiologista que atendeu a vítima, a ação da dupla foi fundamental para que o menino sobrevivesse!
JJ tem 18 anos e aos 14 foi diagnosticado com cardiomiopatia hipertrófica, uma doença cardíaca genética que pode causar paradas cardíacas súbitas. Apesar do diagnóstico, nunca havia acontecido, até 10 de maio de 2024.
O garoto saiu para treinar com os amigos Trevor e Giovanni, quando simplesmente apagou na esteira. A dupla imediatamente começou a fazer ressuscitação cardiopulmonar no amigo, além de terem chamado os paramédicos. “Eles deram a ele a melhor chance de sobreviver”, disse Matthew Martinez, cardiologista esportivo do Medical Center, em Nova Jersey e responsável por atender JJ.
Conscientização de amigos e familiares
Quando JJ descobriu a doença, alguns anos depois do pai, os médicos fizeram conversas com os familiares do rapaz. Era preciso que, todos que o cercam, soubessem como realizar a RCP.
Assim, a família estendeu as instruções para os amigos, principalmente aqueles que costumam treinar com JJ.
Existem dois subgêneros da doença: cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva e não obstrutiva. JJ foi diagnosticada com a não obstrutiva, que afeta um terço dos pacientes e enrijece o ventrículo esquerdo do coração, mas não impede o fluxo de sangue como a obstrutiva.
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Apagou caminhando
JJ pratica exercícios na esteira ao lado de Trevor e Giovanni, quando caiu. Assustados, a dupla ligou para Laura Machnik, mãe do jovem.
“Você tem que chegar na minha casa o mais rápido que puder, JJ desmaiou na esteira. “Tudo o que eu disse foi: ‘Ele ainda tem pulso?’ Enquanto saia correndo do rabalho”, lembrou a mãe do menino.
Enquanto falavam com a mãe de JJ, os dois também faziam RCP no menino, aumentando bastante as chances do garoto se recuperar.
Raciocínio rápido
Quando os paramédicos chegaram, Trevor disse aos profissionais sobre o a condição de JJ, para que eles o atendessem rapidamente.
“Eles me disseram que demorou menos de um minuto para iniciar a RCP. Essas são as frases que realmente queremos ouvir quando estamos lidando com crianças que vão passar por essas situações”, explicou o cardiologista Mathew.
Para o médico, JJ só está vivo por conta da ação dos amigos. “Ele está vivo porque os amigos agiram rapidamente porque estavam preparados para isso”, explicou.
Tratamento intenso
A situação era crítica e no caminho para o hospital JJ teve que ser reanimado pelos paramédicos.
Depois de estabilizado ele foi transferido para o Morristown Medical Center, onde começou um tratamento intenso.
Com apenas 20% do coração funcionando, JJ foi colocado em coma e os médicos tiveram uma conversa franca com a família sobre um possível transplante.
Mas de repente, a condição do menino melhorou, com o coração voltando e a função cerebral também dando um salto positivo!
“Eu realmente não esperava que ele se animaria e começaria a lutar. O cérebro está intacto. Ele estava seguindo comandos. Sabíamos que teríamos opções”, contou o médico Amirali Masoumi, outro profissional que atendeu JJ.
Monitorado regularmente
E o garoto foi vencendo todas as batalhas, até que dia 23 de maio recebeu alta hospitalar, duas semanas após a internação.
Agora, o jovem tem um desfibrilador cardíaco interno implantado no peito, o que pode ajudar a evitar futuras paradas.
JJ segue sendo monitorado regularmente e, apesar do atletismo estar fora de questão, ele segue otimista.
“Depois de tudo que aconteceu, devastador, hoje tenho o melhor cenário”, comemorou.
Com informações de CBS News.
Fonte: sonoticiaboa